O ministro da Cultura e Esporte de Israel, Miki Zohar, falou no sábado à noite, 01 de novembro de 2025, no programa do Channel 12 News, respondendo à polêmica sobre as eleições da Organização Sionista Mundial e a proposta de nomear Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro de Israel, para um cargo de alto escalão – uma indicação que gerou duras críticas de partidos de oposição e acabou sendo adiada.
Zohar afirmou que tomou a decisão de forma independente para indicar o filho do primeiro-ministro como chefe do Departamento de Diplomacia Pública da Organização Sionista Mundial. Ele explicou que chegou à conclusão de que desejava promover mudanças nas instituições nacionais e aprimorá-las. “Eu mesmo ofereci o cargo a ele, e quando ele aceitou, fiquei muito satisfeito”, declarou.
De acordo com o Israel National News, os representantes da oposição foram informados sobre a nomeação duas a três horas antes do início do processo. A controvérsia só explodiu quando o nome de Netanyahu foi revelado ao comitê. “A mídia iniciou uma campanha de assassinato de caráter, e então o partido Yesh Atid recuou”, alegou Zohar.
O ministro também descreveu sua conversa com o primeiro-ministro de Israel sobre o assunto: “Ele estava ansioso e preocupado que as pessoas assumissem que ele estava envolvido. Eu disse a ele: ‘Você não está envolvido’. Ele não estava exatamente entusiasmado, mas não tomou a decisão – fui eu e o filho dele”.
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Zohar defendeu as qualificações de Yair Netanyahu para o cargo, afirmando: “Ele se envolve em advocacia sionista e é um orador articulado. Ele receberia um salário e trabalharia por isso. Ele está retornando a Israel. Ele seria proibido de atividades políticas – se nomeado, não estaria tuitando ou envolvido em política. Isso poderia ter sido uma nomeação muito positiva. Mas quando se trata do populismo em torno da família Netanyahu, todo mundo pula no barco”.
Abordando um confronto recente com o ministro do Desenvolvimento do Negev e da Galileia de Israel, Yitzhak Wasserlauf, que quase se tornou físico e foi filmado e circulou online, Zohar acusou “os fanáticos da mídia do partido Otzma Yehudit” de estarem por trás da gravação. “Não me abalo com essas campanhas – os membros do Likud são mais inteligentes do que Ben Gvir pensa”, disse Zohar. “Eles trouxeram o primeiro-ministro de sua cama de doente só para uma manchete. Eles precisam entender que ameaças não funcionam – se me ameaçarem, não vão conseguir nada”.
O partido Yesh Atid respondeu, declarando: “As declarações do distribuidor de cargos do Likud, ministro Miki Zohar, são uma mentira completa. Desde o momento em que soubemos da decisão vergonhosa de nomear o filho do primeiro-ministro para um cargo sênior, o Yesh Atid explodiu as negociações. Não permitiremos que alguém que fugiu de Israel durante a guerra, que incita e divide a sociedade israelense do exterior, represente o país. Continuaremos lutando por nossos valores – por nossa verdade”.









