O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, realizaram uma conferência de imprensa conjunta em 07 de dezembro de 2025, em Jerusalém.
O chanceler Merz iniciou a conferência agradecendo a hospitalidade e o acolhimento caloroso de Netanyahu. Ele destacou que essa não era sua primeira visita a Israel, mas a primeira como chanceler. Merz se apresentou como um amigo de Israel, afirmando que a amizade entre a Alemanha e Israel é extremamente valiosa e nunca será algo comum.
Merz explicou que sua visita ocorria em um momento difícil para o povo de Israel, razão pela qual chegou mais tarde do que desejava. Ele iniciou sua agenda no Yad Vashem, memorial do Holocausto. O trauma do Holocausto faz parte da identidade judaica e continua moldando a identidade da Alemanha, devendo permanecer assim. A memória será sempre preservada, e os alemães recordarão o crime monstruoso cometido contra o povo judeu. A responsabilidade da Alemanha é palpável no Yad Vashem, e por isso o país sempre defenderá a segurança e o direito de existência de Israel. Essa é a base das relações bilaterais, hoje e para sempre.
Após o terrível ataque terrorista realizado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, a Alemanha apoiou Israel. Os alemães lamentaram os mortos junto com Israel e compartilham as preocupações sobre o destino dos reféns, alguns dos quais são alemães. Israel tem o direito e o dever de proteger seus cidadãos e sua existência contra aqueles que negam o Estado judeu e democrático e seu direito de existir. Nenhum país pode aceitar que seus cidadãos sejam assassinados, sequestrados e torturados, como ocorreu nos kibbutzim pelo terrorismo islâmico. Portanto, a Alemanha permanece ao lado de Israel, mesmo após outros terem virado as costas.
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No contexto do embargo de armas imposto a Israel, Merz afirmou que as ações do governo israelense crime criaram um dilema para a Alemanha. O país também precisa proteger os direitos humanos e o Estado de Direito, que integram a constituição alemã após o Holocausto. Como Estado democrático, Israel deve aderir aos padrões do direito internacional em suas ações militares. Foi necessário enviar uma mensagem clara. Houve críticas na Alemanha ao governo israelense, o que é vital, pois é assim que funcionam as sociedades livres. As relações podem suportar críticas, mas a crítica não deve ser usada como desculpa para o antissemitismo, especialmente na Alemanha. Merz desejou a Netanyahu, a quem chamou de “meu caro Bibi”, que as decisões contribuam para a paz e boas relações de vizinhança. A Alemanha permanecerá em amizade com Israel, e ele pessoalmente também.
De acordo com o Israel National News, a Alemanha está fornecendo ajuda humanitária ao povo de Gaza. O país ajudará na reconstrução e continuará envolvido diplomaticamente. O Hamas não pode ter um papel em Gaza e não pode mais representar uma ameaça a Israel. É preciso olhar para o quadro maior: israelenses e palestinos sofreram, e é necessário estabelecer as bases para uma nova ordem em que todos possam viver em paz, segurança e respeito.
O objetivo é criar um novo Oriente Médio que reconheça e aceite Israel como parte integrante. Um Estado palestino e uma solução de dois Estados só podem ser implementados por meio de negociações. A Alemanha acredita que o reconhecimento de um Estado palestino deve vir no final do processo, não no início. O país assistirá a Autoridade Palestina, apesar de poder ser criticada, e Merz o faz. Há passos em direção à reforma, e é preciso fornecer assistência.
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O primeiro-ministro Netanyahu se referiu às etapas do acordo de cessar-fogo em Gaza: a primeira fase está quase concluída, e espera-se avançar em breve para a segunda fase, que é mais difícil. O mundo árabe precisa pressionar o Hamas para que se desarme. Há uma terceira fase, como ele informou ao chanceler, para prevenir a escalada em Gaza.
O primeiro-ministro também abordou os esforços para criar um Estado palestino, afirmando: “Não criaremos um Estado comprometido com nossa destruição.
