REUTERS/Khalil Ashawi / Israel National News / Reprodução

O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, deve visitar Washington por volta do dia 10 de novembro, confirmou o enviado especial dos EUA para a Síria, Tom Barrack, no último sábado, de acordo com informações divulgadas.

Essa seria a primeira vez que um chefe de Estado sírio viaja oficialmente à capital dos EUA.

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Durante o Diálogo de Manama, no Bahrein, Barrack afirmou que os EUA esperam que a Síria se junte à coalizão liderada pelos americanos contra a organização terrorista Estado Islâmico (ISIS). “Estamos tentando fazer com que todos sejam parceiros nessa aliança, o que é enorme para eles”, disse ele a jornalistas.

Uma fonte síria familiarizada com o assunto indicou que a visita deve ocorrer nas próximas duas semanas. Al-Sharaa já discursou na Assembleia Geral da ONU em Nova York, em setembro, onde também se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump.

Desde que assumiu o poder após derrubar Bashar Al-Assad em dezembro do ano passado, al-Sharaa iniciou uma série de visitas internacionais para restaurar as relações da Síria com potências globais que se distanciaram durante o regime de Assad.

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Al-Sharaa, que já liderou um braço sírio da Al-Qaeda, rompeu com a rede há uma década e depois entrou em confronto com forças do ISIS. A coalizão liderada pelos EUA expulsou o Estado Islâmico de seu último reduto na Síria em 2019, mas o grupo tentou se reorganizar após a queda de Assad.

De acordo com o Israel National News, Barrack também mencionou que a Síria e Israel estão envolvidos em negociações de desescalada mediadas pelos EUA. Ele disse que as duas partes estão próximas de um acordo, embora tenha se recusado a especificar um cronograma.

Damasco espera que o acordo pare os ataques aéreos israelenses e leve à retirada das forças israelenses do sul da Síria.

Recentemente, al-Sharaa disse a jornalistas em Damasco que as negociações em andamento com Israel sobre um pacto de segurança podem levar a resultados “nos próximos dias”.

Sharaa afirmou que, se o pacto de segurança for bem-sucedido, isso poderia levar a “acordos adicionais”, mas esclareceu que uma normalização ou tratado de paz com Israel não estão em discussão no momento.

Um relatório de agosto indicou que o governo Trump está trabalhando ativamente para intermediar um entendimento preliminar de segurança entre Israel e a Síria antes da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas deste mês.

No entanto, Barrack esclareceu posteriormente que Israel e a Síria não estão próximos de assinar um acordo de segurança, adicionando que “ainda há mais trabalho a ser feito”.

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