Duvi Honig, fundador e CEO da Câmara de Comércio Judaica Ortodoxa e do J-biz Expo, destaca que a visão simplista e equivocada de que o Irã é um problema exclusivo de Israel persiste no discurso geopolítico atual. Essa narrativa ignora as amplas implicações das ações iranianas sobre os interesses ocidentais, uma realidade sublinhada por eventos recentes e históricos, frequentemente mal compreendida, especialmente entre as gerações mais jovens.
De acordo com o Israelnationalnews, a percepção em muitos círculos acadêmicos, influenciada por diversas narrativas globais, subestima o fato de que o Irã representa uma ameaça maior ao mundo ocidental do que a Israel, que é capaz de se defender. Enquadrar o Irã apenas como uma ameaça a Israel negligencia as implicações mais amplas de sua ameaça ao Ocidente e diminui a necessidade de uma estratégia coletiva e coerente.
É um erro pensar que quaisquer ações estratégicas potenciais de Israel contra o Irã são exclusivamente egoístas ou que elas provocam agitação global apenas para proteger os interesses israelenses. É essencial reconhecer que as ações de Israel estão alinhadas com interesses ocidentais mais amplos, e Israel atua como um exército proxy econômico para os EUA e o Ocidente, dado o interesse compartilhado em neutralizar um estado patrocinador do terrorismo global.
Muitos não se lembram dos trágicos ataques terroristas que o Ocidente já sofreu, desde os atentados no metrô de Londres até os devastadores ataques de 11 de setembro. Esses eventos destacam o alcance e a ambição do extremismo islâmico que emana de regiões sob influência iraniana. Esses momentos trágicos nos lembram que essas ameaças estão longe das fronteiras de Israel, mas já mataram milhares de ocidentais.
A Europa também não é estranha a esses perigos. Ataques terroristas na Alemanha e na França ilustram que a ameaça não se restringe a um único país, mas é um desafio multifacetado que afeta a segurança e a estabilidade de todas as democracias ocidentais. O financiamento extensivo e a influência iraniana em várias regiões do mundo evidenciam a necessidade de uma abordagem unificada para combater essa ameaça global.