Dois homens contratados pelo regime do Irã para assassinar a proeminente dissidente Masih Alinejad em sua casa em Nova York, nos EUA, receberam sentenças de 25 anos de prisão na última quarta-feira, 30 de outubro de 2025.
A condenação ocorreu após o veredicto de culpa em março deste ano por acusações de assassinato por encomenda e tentativa de assassinato em apoio a uma organização criminosa.
Promotores federais dos EUA revelaram que Rafat Amirov e Polad Omarov colaboraram com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã em um complô de 500 mil dólares para silenciar Alinejad, uma das críticas mais vocais do regime iraniano no cenário global.
A dupla, ligada a uma rede criminosa do Leste Europeu com conexões ao Irã, buscava usar a recompensa para ganhar influência dentro da máfia russa.
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De acordo com o Israel National News, o atirador contratado pelos dois vigiou repetidamente a residência de Alinejad no Brooklyn, em Nova York, durante julho de 2022.
Em 28 de julho de 2022, ele avistou Alinejad na varanda, mas não conseguiu agir a tempo. Alarmada com a presença dele, Alinejad fugiu do local para ficar com um amigo.
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No mesmo dia, policiais do Departamento de Polícia de Nova York pararam o suspeito por infrações de trânsito e descobriram em seu veículo um rifle de assalto, 66 cartuchos de munição, uma máscara de esqui, luvas e dinheiro em espécie.
Antes da sentença, os promotores argumentaram por uma pena de 55 anos, citando a intenção dos réus de “ensopar as ruas do Brooklyn com o sangue da vítima”. Os advogados de defesa pediram sentenças bem mais leves: 10 anos para Omarov e 13 anos para Amirov.
As autoridades iranianas negaram qualquer envolvimento em supostos complôs contra Alinejad.
Alinejad celebrou o veredicto como “uma vitória para meus companheiros dissidentes que continuam lutando pela liberdade e se recusam a ser silenciados”, e pediu ao governo dos EUA que envie uma mensagem clara: “Se [residentes nos EUA] forem alvos em solo americano, haverá consequências para os assassinos, bem como para os regimes que os enviaram”.









