Official White House Photo/Reuters / Israel National News / Reprodução

A Casa Branca confirmou em 04 de novembro de 2025 que o presidente dos EUA, Donald Trump, receberá o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, em Washington na próxima semana, marcando a primeira visita de um líder sírio à Casa Branca na história.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o encontro, agendado para 10 de novembro de 2025, faz parte dos esforços mais amplos do presidente Trump para promover a paz no Oriente Médio.

“Quando o presidente esteve no Oriente Médio, ele tomou a decisão histórica de suspender as sanções contra a Síria para dar a eles uma chance real de paz”, disse Leavitt em resposta a uma pergunta do The National. “Vimos um bom progresso nesse sentido sob a nova liderança, e por isso ele estará na Casa Branca na segunda-feira.”

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Autoridades sírias declararam no fim de semana que a reunião se concentrará na reconstrução pós-guerra e no alívio das sanções restantes sobre Damasco. A visita indica um possível degelo nas relações entre Washington e Damasco após mais de uma década de isolamento.

Desde que assumiu o poder ao derrubar Bashar Al-Assad em dezembro de 2024, al-Sharaa iniciou uma série de visitas internacionais com o objetivo de restaurar os laços da Síria com potências globais que se distanciaram durante o regime de Assad.

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Al-Sharaa, que já liderou uma ramificação da Al-Qaeda na Síria, rompeu com a rede há uma década e depois entrou em confronto com forças do ISIS. A coalizão liderada pelos EUA expulsou o Estado Islâmico de seu último reduto na Síria em 2019, mas o grupo tentou se reagrupar após a queda de Assad.

De acordo com o Israel National News, em maio de 2025 a administração Trump começou a suspender sanções econômicas de longa data contra a Síria, após promessas de al-Sharaa de cooperar nos esforços contra o ISIS e reduzir laços com o Irã. Em junho de 2025, Trump assinou uma ordem executiva revogando formalmente o programa de sanções, abrindo caminho para o comércio renovado e a reconstrução.

No entanto, restrições continuam em vigor para indivíduos ligados ao regime de Assad, ao terrorismo e a abusos de direitos humanos, incluindo medidas legislativas como a Lei Caesar.

Leavitt se recusou a confirmar relatos de que al-Sharaa possa assinar um acordo para se juntar à coalizão liderada pelos EUA contra o ISIS. Tal medida representaria uma mudança dramática para um país considerado por muito tempo um pária por Washington.

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