Os Estados Unidos assumiram na segunda-feira, 01 de dezembro de 2025, a presidência do G20 para o ano de 2026.
De acordo com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, o grupo retornará ao foco em crescimento econômico, prosperidade e resultados concretos.
O comunicado emitido pela Casa Branca destaca três eixos principais: redução de encargos regulatórios, segurança e acessibilidade das cadeias de energia, e avanço de tecnologias e inovações.
A Cúpula de Líderes do G20 ocorrerá em Miami, na Flórida, no ano em que os Estados Unidos comemoram 250 anos de independência.
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Em novembro de 2025, a cúpula do G20 em Johannesburgo, na África do Sul, não contou com representação dos Estados Unidos.
Na ocasião, o presidente dos EUA, Donald Trump, optou por boicotar o encontro devido a desentendimentos com o governo de Cyril Ramaphosa, a quem acusa de cometer um genocídio contra brancos.
A decisão de ausência veio no auge das tensões entre Washington e Pretória, com Trump criticando o país por perseguir sua minoria branca por meio de uma nova lei de reforma agrária que prevê desapropriação de terras.
De acordo com o Revista Oeste, o governo da África do Sul argumenta que a legislação visa reduzir a desigualdade, uma vez que, apesar de serem minoria na população, os brancos sul-africanos detêm 72% das terras agrícolas.
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As tensões são agravadas pelo corte de ajuda externa com o desmonte da Usaid e pelo processo movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça contra Israel.
Questionado sobre a ausência, Ramaphosa afirmou que os Estados Unidos saem perdendo. “Os EUA precisam pensar se um boicote, na política, costuma funcionar”, disse. “Minha experiência diz o contrário.”
Também não participaram o presidente da Argentina, Javier Milei, que enviou o chanceler Pablo Quirno; a presidente do México, Claudia Sheinbaum; e o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Os demais líderes compareceram, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Criado em 1999, o grupo se tornou um dos principais fóruns globais de coordenação econômica, debatendo temas como crescimento, comércio, estabilidade financeira, energia e desenvolvimento.
O bloco representa cerca de 85% do Produto Interno Bruto mundial, dois terços da população do planeta e 75% do comércio internacional, tornando suas decisões um termômetro relevante para a política econômica global.









