Reuters/Vuk Valcic/SOPA Images / Israel National News / Reprodução

Advogados do governo do Reino Unido defenderam na terça-feira a proibição do grupo ativista Palestine Action sob leis antiterrorismo, ao final de três dias de audiências no Tribunal Superior em Londres.

A equipe jurídica do governo argumentou que a decisão de criminalizar a organização, anunciada em julho, foi proporcional após uma escalada em suas atividades. Agora, a adesão ou o apoio ao grupo é considerado um crime grave, punível com até 14 anos de prisão.

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Organizadores de protestos do Defend Our Juries afirmaram que a proibição já resultou em pelo menos 2.300 prisões. O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, o Conselho da Europa e várias ONGs criticaram a medida, alertando para limites excessivos ao direito de protesto.

A cofundadora do Palestine Action, Huda Ammori, contestou a proibição perante um painel de três juízes. Em depoimento, Stephen Kosmin, representando o ministério do Interior, defendeu a proporcionalidade da política, afirmando que ela era necessária para proteger o público e manter a segurança nacional.

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O governo proibiu o grupo dias após ativistas que protestavam contra a guerra em Gaza invadirem uma base da força aérea no sul da Inglaterra, causando danos estimados em 7 milhões de libras a duas aeronaves.

Fundado em 2020, o Palestine Action se descreve como uma rede de ação direta que se opõe ao que chama de cumplicidade britânica com Israel, particularmente em relação às vendas de armas.

O grupo também danificou anteriormente uma pintura de Lord Balfour no Trinity College de Cambridge, borrifando-a com tinta vermelha e cortando-a.

Em outro incidente, membros do Palestine Action roubaram dois bustos do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, de uma vitrine de vidro na Universidade de Manchester.

Durante as audiências, o governo observou que organizações proscritas são privadas do oxigênio da publicidade, bem como de apoio financeiro. A advogada do ministério do Interior, Natasha Barnes, acrescentou que a proibição não impediu as pessoas de protestarem em favor do povo palestino ou contra as ações de Israel em Gaza.

Parte das audiências ocorreu a portas fechadas, com restrições impostas aos jornalistas. Uma decisão será proferida em data posterior.

De acordo com o Israel National News, esses eventos destacam as tensões em torno das leis antiterrorismo no Reino Unido.

Hoje, em 03 de dezembro de 2025, o caso reflete debates contínuos sobre segurança e direitos de protesto.

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