O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira, 03 de dezembro de 2025, a reabertura da passagem de Rafah, localizada no sul do território palestino.
A iniciativa ocorre em coordenação com o Egito e sob supervisão da União Europeia, conforme o acordo de cessar-fogo e as orientações dos escalões políticos.
No entanto, o governo do Egito, no Cairo, nega qualquer participação na coordenação.
De acordo com o anúncio, a passagem de Rafah será aberta nos próximos dias exclusivamente para a saída de residentes da Faixa de Gaza em direção ao Egito, facilitando a movimentação desses indivíduos.
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O plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inclui a reabertura desse ponto de passagem.
Israel mantém o controle da área desde a guerra contra o grupo terrorista Hamas, abrangendo também o corredor Filadélfia, que fica entre Gaza, Egito e Israel.
Segundo o Revista Oeste, o Cogat, órgão ligado ao Ministério da Defesa de Israel, informou à agência de notícias AFP que, de acordo com o acordo de cessar-fogo, o ponto de passagem de Rafah será aberto nos próximos dias exclusivamente para que os residentes da Faixa de Gaza saiam em direção ao Egito.
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Essa passagem faz parte do plano de paz de Trump e responde a demandas antigas de agências da ONU e de organizações humanitárias.
Israel tomou o controle do lado palestino de Rafah em maio de 2024, alegando que grupos utilizavam a área para fins terroristas.
O plano norte-americano estabelece que a reabertura siga as diretrizes do cessar-fogo de janeiro de 2025, com participação direta da Autoridade Palestina e supervisão da missão europeia Eubam.
Esse modelo operou até março, quando novos ataques israelenses interromperam a trégua.
Antes da guerra, Rafah servia como a principal saída para palestinos em Gaza e como via de entrada para ajuda humanitária.
Durante o conflito, a passagem permaneceu fechada na maior parte do tempo, com reaberturas breves e controladas.
As Nações Unidas estimam que pelo menos 16,5 mil pacientes necessitam de atendimento médico fora de Gaza.
Alguns moradores obtiveram autorização para viajar e receber tratamento em países como Jordânia, Espanha e Itália.









