Revista Oeste / Reprodução

O leilão do pré-sal, realizado nesta quinta-feira, 04 de dezembro de 2025, arrecadou R$ 8,8 bilhões, um valor inferior à previsão oficial de R$ 10,2 bilhões estabelecida pelo governo do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

A Petrobras e a Shell foram as únicas empresas a apresentar propostas, adquirindo duas das três áreas disponibilizadas. O Campo de Tupi, que é o maior produtor de petróleo do país, não recebeu nenhuma oferta.

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No Campo de Mero, o consórcio formado pelas duas empresas pagou R$ 7,79 bilhões pela participação de 3,5% da União, valor ligeiramente acima do mínimo estabelecido. Já no Campo de Atapu, o desembolso foi de cerca de R$ 1 bilhão pela fatia de 0,95%.

De acordo com o Revista Oeste, técnicos do setor explicaram que as empresas adotaram uma abordagem mais cautelosa, avaliando com rigor os custos, a produção e o retorno de longo prazo dos investimentos.

A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) divulgou que dez empresas acessaram a sala de dados e sete se credenciaram para o processo, mas apenas a Petrobras e a Shell prosseguiram com lances.

O Tribunal de Contas da União autorizou o leilão na quarta-feira, 03 de dezembro de 2025, mas observou que não houve uma análise detalhada sobre a decisão de ofertar as áreas. O órgão destacou que a medida respondeu a uma necessidade urgente de reforçar o caixa público e pode resultar em potencial perda de valor para a União.

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A área de Tupi, vista como de baixo risco, acabou sem propostas. O presidente da PPSA, Luis Fernando Paroli, comentou que os compradores potenciais tiveram uma leitura pior do ativo do que o previsto. Ele garantiu que a União continuará a receber e comercializar o petróleo da fatia não vendida.

Interlocutores do Ministério da Fazenda afirmam que a frustração de R$ 1,4 bilhão não impacta a condução fiscal, uma vez que o governo conta com o empoçamento de despesas, estimado em até R$ 10 bilhões neste ano.

Investidores estão atentos a elementos como o preço internacional do petróleo, a curva de declínio da produção e o retorno sobre o capital investido. A PPSA indicou que os próximos editais passarão por ajustes técnicos para assegurar maior atratividade e segurança jurídica nas operações do pré-sal.

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