O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, após um avanço de 0,4% no trimestre anterior. Essa é a segunda desaceleração consecutiva na economia nacional.
O valor total da economia nesse período alcançou R$ 3,2 trilhões. As altas registradas nos trimestres anteriores foram de 1,3% no primeiro trimestre e de 0,4% no segundo trimestre.
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O resultado superou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil, que apontou uma queda de 0,9%. A Fundação Getulio Vargas também projetou um avanço de 0,1%.
Para o ano de 2025, as projeções indicam o pior desempenho desde 2020. O mercado estima uma alta de 2,16%, o Banco Central do Brasil prevê 2%, e o Ministério da Fazenda projeta 2,2%.
A produção total somou R$ 3,2 trilhões, sendo R$ 2,8 trilhões de valor adicionado e R$ 449,3 bilhões de impostos.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,1%, o consumo do governo aumentou 1,3%, e a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 0,9%. No setor externo, as exportações avançaram 3,3%, enquanto as importações cresceram 0,3%. As taxas de investimento representaram 17,3% do PIB, e a poupança chegou a 14,5%.
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Em comparação com o terceiro trimestre de 2024, o consumo das famílias registrou a 18ª alta consecutiva, com aumento de 0,4%, impulsionado pela massa salarial, transferências e crédito. O consumo do governo cresceu 1,8%.
No acumulado dos quatro trimestres, o PIB subiu 2,7%, ante 3,3% no trimestre anterior.
De acordo com o Revista Oeste, a desaceleração do PIB é compatível com a taxa Selic mantida em 15% ao ano desde junho. O Banco Central do Brasil considera o freio na demanda necessário para controlar a inflação, que permanece acima do intervalo de 1,5% a 4,5% desde setembro de 2024.
O Comitê de Política Monetária projeta que a taxa permanecerá elevada por um período prolongado. O mercado está dividido sobre o início do ciclo de cortes, que pode ocorrer na primeira ou na segunda reunião de 2026.









