Os Estados Unidos, Israel e Qatar vão se reunir em Nova York no domingo, 07 de dezembro de 2025, com o objetivo de reparar as relações tensas após o ataque israelense em Doha no início deste ano.
Esse encontro representa o mais alto nível de interação entre os três países desde o acordo de cessar-fogo em Gaza, no qual o Qatar atuou como mediador central. A reunião ocorre enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, se prepara para anunciar a transição para uma nova fase no processo de paz em Gaza.
De acordo com o Israel National News, o enviado da Casa Branca, Steve Witkoff, vai hospedar as conversas. Israel será representado pelo diretor do Mossad, David Barnea, enquanto um oficial sênior do Qatar também deve participar.
As tensões aumentaram em 09 de setembro de 2025, quando jatos israelenses realizaram um ataque contra líderes do Hamas em Doha. Os alvos pretendidos sobreviveram, mas um guarda de segurança qatariano foi morto, o que levou o Qatar a se retirar temporariamente de seu papel de mediador. Países árabes criticaram duramente o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e pressionaram Washington para intervir.
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Ainda naquele mês, Netanyahu telefonou para o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, diretamente da Casa Branca, para transmitir um pedido de desculpas, o que fez o Qatar retomar seus esforços de mediação. Apesar disso, as relações entre Jerusalém e Doha continuaram notavelmente tensas.
Para estabilizar a situação, os Estados Unidos propuseram um mecanismo trilateral projetado para melhorar a coordenação, abordar queixas e fortalecer esforços conjuntos contra ameaças regionais. A reunião de domingo será a primeira realizada sob esse formato.
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Netanyahu indicou no passado que pretende levantar preocupações sobre os laços do Qatar com a Irmandade Muçulmana, as mensagens anti-Israel na Al Jazeera e o suposto envolvimento do Qatar em fomentar atividades anti-Israel em campi universitários dos Estados Unidos. No entanto, grande parte da discussão deve se concentrar na implementação do acordo de Gaza, incluindo o desarmamento do Hamas e outros aspectos sensíveis da transição para a próxima etapa do acordo.
