A médica Rahmeh Aladwan, de 31 anos, residente em trauma e ortopedia de origem britânica-palestina, enfrenta uma investigação do Conselho Médico Geral (GMC) do Reino Unido após denúncias de que publicou conteúdos antissemitas e mensagens que parecem endossar resistência violenta e organizações terroristas proibidas. Ela nega ter feito declarações racistas ou cheias de ódio.
O Serviço de Tribunal de Praticantes Médicos (MPTS) emitiu uma suspensão interina na quarta-feira, afirmando que as postagens dela “podem impactar na confiança dos pacientes” e poderiam desencorajar algumas pessoas de buscar atendimento. Embora não haja queixas de pacientes e nenhuma evidência de que danos ocorreram, o tribunal concluiu que a gravidade das alegações justifica a restrição de sua prática durante a investigação.
Entre as postagens atribuídas à Dra. Aladwan estavam mensagens descritas pelo tribunal como teorias conspiratórias antissemitas e conteúdos que “demonizam ou expressam e incentivam ódio contra judeus em geral, sua história e seu modo de vida”. Outras postagens pareciam elogiar a resistência armada por grupos palestinos e usavam símbolos associados a organizações banidas no Reino Unido, incluindo o Hamas.
As denúncias foram apresentadas por várias organizações, incluindo a Campanha Contra o Antissemitismo. De acordo com o Israel National News, as submissões ao tribunal indicam que a Dra. Aladwan postou apoio à “luta armada”, elogiou a violação da fronteira de Gaza em 7 de outubro, e se referiu à “supremacia judaica”. Após um ataque a torcedores do Maccabi Tel Aviv em Amsterdã, ela supostamente escreveu que os alvos “mereciam pagar” e alertou que incidentes semelhantes no Reino Unido seriam “enfrentados com resistência”.
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O advogado dela argumentou que não há “evidências” sugerindo que sua atividade nas redes sociais comprometeu a segurança dos pacientes ou sua competência clínica. O tribunal observou que uma audiência anterior em setembro permitiu que ela continuasse praticando, mas afirmou que uma “escalada no tom” em suas postagens, incluindo após o ataque à sinagoga de Manchester no início de outubro, motivou a revisão renovada.
Em resposta online, a Dra. Aladwan acusou o GMC de viés político, alegando que “o lobby ‘israelense’ e judeu decide quem pode e quem não pode praticar medicina na Grã-Bretanha”. Ela prometeu continuar contestando o caso.
A orientação do GMC afirma os direitos dos médicos à livre expressão, mas enfatiza que a conduta online não deve minar a confiança pública ou comprometer o bem-estar dos pacientes.









