Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na manhã desta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi alvo de uma operação da Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília, após retornar de uma viagem aos Estados Unidos. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar deverá usar tornozeleira eletrônica, instalada no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF). Acompanhado de seu advogado, Iggor Dantas, Do Val também teve todos os seus passaportes recolhidos.

A medida foi tomada porque o senador viajou para Orlando durante o recesso do Congresso, desrespeitando restrições impostas por Moraes. Em agosto de 2024, o ministro havia determinado o bloqueio de R$ 50 milhões das contas de Do Val e a apreensão de seus passaportes, incluindo o diplomático, no âmbito de um inquérito da PF sobre ataques a investigadores. Como reportado pela Revista Oeste, mandados de busca foram cumpridos em imóveis do senador em Vitória para localizar o passaporte diplomático, que estaria em seu gabinete em Brasília.

Em 15 de julho de 2025, Do Val solicitou ao STF autorização para viajar com a família aos EUA, mas Moraes negou o pedido no dia seguinte, afirmando que “o requerente deve adequar suas atividades às medidas cautelares, e não o contrário”. Apesar da proibição, o senador viajou com o passaporte diplomático e, em nota oficial, afirmou que a saída foi comunicada previamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado, garantindo que toda a documentação estava regular.

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