A Transparência Internacional/Brasil emitiu uma crítica nesta terça-feira, 09 de dezembro de 2025, ao contrato de R$ 129 milhões assinado pela esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, com o Banco Master.
De acordo com a organização não governamental, o sistema de Justiça no Brasil está se transformando em um grande Gilmarpalooza, aludindo à influência de juízes em negócios privados.
O valor do contrato entre a esposa do ministro e o Banco Master chega a R$ 129 milhões. O sistema de Justiça brasileiro está virando um grande Gilmarpalooza.
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Uma reportagem do jornal O Globo revelou que, ao prender Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, a Polícia Federal encontrou no celular dele uma cópia do contrato de prestação de serviços entre o banco e o escritório da advogada Viviane Barci, esposa de Moraes.
Essa informação veio a público no fim de semana pela imprensa. Agora, a coluna de Malu Gaspar, do O Globo, detalha o valor: R$ 3,6 milhões por mês, ao longo de 36 meses, podendo totalizar R$ 129 milhões se cumprido integralmente. No entanto, como o banco foi dissolvido, não há certeza sobre o montante efetivamente pago pelos serviços advocatícios do escritório de Viviane.
Vorcaro foi detido em 17 de novembro de 2025, ao tentar embarcar para o exterior em seu jatinho particular. Ele já está solto, por decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Na operação contra o Banco Master, outros seis executivos também foram presos.
Conforme relatado por Revista Oeste, mensagens internas apreendidas na operação indicam que os pagamentos ao escritório de Viviane eram prioridade absoluta no Banco Master, mesmo durante a crise financeira. O contrato tinha escopo amplo, permitindo que o escritório representasse o banco em diversas áreas.
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O jornal ainda relata que, entre as ações em que Viviane atuou, destaca-se uma queixa-crime apresentada em abril de 2024 por Vorcaro e pelo Banco Master contra Vladimir Timerman, investidor da Esh Capital. O processo acusa Timerman de calúnia por afirmar que Vorcaro teria participado ou realizado operações fraudulentas entre a Gafisa e o Fundo Brazil Realty, do qual o Banco Master era cotista, com o objetivo, segundo a defesa, de atingir de forma criminosa a honra dos querelantes.
A petição da queixa-crime, à qual a coluna de Malu Gaspar teve acesso, foi assinada também pelos filhos do ministro, Alexandre Barci de Moraes e Giuliana, além de outros dez advogados. Ela argumenta que Timerman desacreditou publicamente e comprometeu os atributos dos querelantes que os tornam merecedores de respeito perante a sociedade civil. Vorcaro perdeu em duas instâncias, mas ainda pode recorrer.
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