Revista Oeste / Reprodução

O advogado e comentarista político André Marsiglia criticou duramente, em 09 de dezembro de 2025, o contrato firmado entre o Banco Master e o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

O acordo previa pagamentos totais de R$ 129 milhões ao longo de três anos, com mensalidades prioritárias de R$ 3,6 milhões a partir de 2024.

Marsiglia afirmou que é óbvio não acusar ninguém sem provas ou conclusão de investigação, mas destacou que é intuitivo suspeitar que alguém não receberia R$ 3,6 milhões por mês apenas por peticionar ou por um saber jurídico notável.

Ele continuou dizendo que conhecer muito de leis não justifica receber 3,6 milhões por mês, pois R$ 3,5 milhões já representam um patrimônio que permite viver de renda em três meses.

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Para Marsiglia, isso é uma loucura completa, algo que não existe na advocacia real, tratando-se de uma advocacia do mundo irreal.

As declarações foram feitas durante o programa Oeste Com Elas, da Oeste.

De acordo com o Revista Oeste, Marsiglia também apontou que contratos assim geralmente indicam práticas além da atividade jurídica tradicional, pressupondo no mínimo um lobby ou interferência política por parte de quem contrata.

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Ele enfatizou que isso precisa acabar no Brasil.

Marsiglia ressaltou que se trata do escritório da mulher de um ministro do STF do Brasil, um ministro que está há seis anos e meio no protagonismo de tudo que acontece no país.

Ele espera que isso sirva para expor como funciona certo tipo de advocacia no Brasil, que impede a Justiça de funcionar de forma igualitária para todos, como prevê a Constituição.

O documento foi descoberto no celular do banqueiro Daniel Vorcaro durante a Operação Compliance Zero, da Polícia Federal (PF) do Brasil.

A investigação apura uma fraude de R$ 12 bilhões do Master com o Banco de Brasília (BRB) na venda de carteiras de crédito sem lastro.

Vorcaro chegou a ser preso, mas foi solto na semana passada.

O ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, também é alvo da investigação.

O ministro Dias Toffoli decretou sigilo total sobre os autos.

O contrato não detalhava processos nem causas, informando apenas que o escritório deveria representar o Master onde for necessário.

Documentos internos mostram que o pagamento à banca de Viviane era prioridade absoluta.

Segundo a PF, ainda não é possível saber quanto o banco chegou a pagar ao escritório.

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