A Polícia Federal, ao prender Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, descobriu no celular dele uma cópia do contrato de prestação de serviços entre o banco e o escritório da advogada Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
Essa revelação veio à tona no fim de semana pela imprensa. Agora, a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, detalha o valor do acordo: R$ 3,6 milhões mensais, por um período de 36 meses, o que poderia totalizar R$ 129 milhões caso fosse integralmente cumprido.
No entanto, com a dissolução do banco, não há informações sobre o montante efetivamente pago pelos serviços advocatícios prestados pelo escritório de Viviane.
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Vorcaro foi detido em 17 de novembro de 2025, ao tentar embarcar para o exterior em seu jatinho particular. Ele já foi solto, por decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Na mesma operação contra o Banco Master, outros seis executivos acabaram presos.
De acordo com o Revista Oeste, mensagens internas apreendidas na operação indicam que os pagamentos ao escritório de Viviane eram prioridade absoluta para o Banco Master, mesmo durante a crise financeira enfrentada pela instituição. O contrato possuía um objeto amplo, permitindo que o escritório representasse o banco em diversas áreas.
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Tanto o escritório de Viviane quanto o Banco Master não se manifestaram sobre o contrato. O ministro Alexandre de Moraes, do STF do Brasil, também não comentou o assunto.
O jornal O Globo ainda relata que, entre as ações em que Viviane atuou, destaca-se uma queixa-crime protocolada em abril de 2024 por Vorcaro e pelo Banco Master contra Vladimir Timerman, investidor da Esh Capital. O processo acusa Timerman de calúnia por afirmar que Vorcaro teria participado ou realizado operações fraudulentas entre a Gafisa e o Fundo Brazil Realty, do qual o Master era cotista, com o objetivo de atingir de forma criminosa a honra dos querelantes.
A petição da queixa-crime, à qual a coluna de Malu Gaspar teve acesso, foi assinada também pelos filhos do ministro, Alexandre Barci de Moraes e Giuliana, além de outros dez advogados. O texto sustenta que Timerman desacreditou publicamente e comprometeu os atributos dos querelantes que os tornam merecedores de respeito perante a sociedade civil. Vorcaro perdeu em duas instâncias, mas ainda pode recorrer.









