Em um depoimento apresentado ao Supremo Tribunal de Israel em 27 de abril de 2025, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou o diretor da Agência de Segurança de Israel (ISA), Ronen Bar, de mentir sobre ter alertado sobre um possível massacre. Netanyahu afirmou que a falha de inteligência antes do massacre de 7 de outubro de 2023 foi “o maior fracasso na história do Estado de Israel”.
De acordo com o depoimento, em uma avaliação situacional conduzida por Bar às 5h15 do dia 7 de outubro de 2023, cerca de uma hora e quinze minutos antes do início do massacre, nenhum alerta de guerra foi emitido. Netanyahu declarou que Bar tem “responsabilidade direta e imensa” pelo fracasso em prevenir o massacre, acusando-o de não alertar outras forças de segurança e, em vez disso, de enganá-las.
Segundo o Israel National News, Netanyahu também afirmou que a insegurança de Bar em manter a calma em Gaza a todo custo o levou a se apegar a suas concepções erradas, temendo que o Hamas interpretasse qualquer ação como uma intenção de guerra por parte de Israel, o que poderia desencadear um conflito. Enquanto Bar falava sobre “erro de cálculo”, o Hamas já havia iniciado o ataque.
No depoimento, Netanyahu argumentou que, se Bar tivesse instruído as Forças de Defesa de Israel (IDF) a se prepararem em “alta prontidão” e não em “média e secreta”, e ordenado ações amplas imediatamente, o massacre poderia ter sido evitado.
Netanyahu também rebateu a alegação de Bar de que ele havia alertado o sistema de segurança na noite do massacre. Ele afirmou que Bar não acordou o Ministro da Defesa, o Primeiro-Ministro, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, as forças da IDF, nem os esquadrões de emergência civis nas comunidades da região de Gaza. Além disso, Bar não alertou os participantes da festa Supernova, falhando assim em cumprir seu principal papel naquela noite.
Netanyahu também contestou a afirmação de que Bar forneceu “alertas poderosos” sobre Gaza, chamando-a de falsa. Em vez disso, ao longo de 2023, Bar teria pressionado pelo fortalecimento da situação econômica na Faixa de Gaza e pela evitar assassínatos para manter a calma.