REUTERS/Evelyn Hockstein / Israel National News / Reprodução

Autoridades da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, estão impulsionando planos para recrutar uma força multinacional de cerca de 10 mil tropas, comandada por um general americano, com o objetivo de estabilizar Gaza no pós-guerra.

No entanto, os oficiais admitem que montar essa força demandará boa parte do próximo ano.

Até o momento, nenhum país estrangeiro se comprometeu a enviar tropas. Preocupações persistem de que a missão possa se expandir para incluir o desarmamento de terroristas do Hamas que ainda operam em partes do enclave devastado. Até Azerbaijão e Indonésia – duas nações que autoridades americanas dizem estar próximas de aderir – preferem um mandato mais restrito, evitando operações potencialmente letais.

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Alguns oficiais dos EUA esperam garantir compromissos para até 5 mil tropas no início do próximo ano, com meta de atingir 10 mil até o final de 2026. Outros alertam que a força pode nunca exceder 8 mil efetivos. As embaixadas da Indonésia e do Azerbaijão em Washington não responderam a pedidos de comentário.

Na segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA solicitou formalmente a mais de 70 países contribuições militares ou financeiras. O apelo incluiu aliados próximos como Itália e França, além de nações menores como Malta e El Salvador. Estados do Oriente Médio, incluindo Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, já estão em negociações para financiar o esforço, embora autoridades notem que eles “exigirão engajamento consistente para pedidos específicos”.

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Um oficial americano afirmou que 19 países expressaram interesse em contribuir com tropas ou apoio como equipamentos, transporte ou logística. Mais de 25 nações devem se reunir no Catar na próxima semana para uma sessão liderada pelos EUA, discutindo a composição e o escopo da missão.

O presidente dos EUA, Donald Trump, deve nomear o general americano para comandar a força no início do próximo ano. Autoridades enfatizam que nenhuma tropa americana operará dentro de Gaza, embora algumas estejam estacionadas em um centro de coordenação em Kiryat Gat, em Israel.

De acordo com o Israel National News, as negociações permanecem travadas, pois o Hamas se recusa a se desarmar e persistem questões sobre a governança futura de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem reunião marcada com Trump em Miami no final de dezembro para discutir os próximos passos.

Autoridades americanas destacam que o plano de paz de Trump foi adotado pelo Conselho de Segurança da ONU há apenas um mês. “A administração Trump fez um progresso tremendo em tempo recorde na implementação do plano de paz de 20 pontos do presidente Trump, e vimos um interesse inacreditável de países ao redor do mundo para fazer parte desse esforço histórico de entregar uma paz duradoura no Oriente Médio”, disse o porta-voz da Casa Branca, Dylan Johnson.

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