Congressistas dos Estados Unidos enviaram uma carta ao primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, reafirmando seu apoio inabalável à comunidade judaica australiana e exigindo medidas concretas para combater o antissemitismo e proteger os judeus após o ataque mortal na praia de Bondi, em Sydney.
Os signatários incluem os representantes Grace Meng (democrata de Nova York), Dan Goldman (democrata de Nova York), Brian Fitzpatrick (republicano da Pensilvânia), Dan Meuser (republicano da Pensilvânia), Don Bacon (republicano de Nebraska), Haley Stevens (democrata de Michigan), Marc Veasey (democrata do Texas), Randy Weber (republicano do Texas), Ted Lieu (democrata da Califórnia) e Chris Smith (republicano de Nova Jersey), todos membros da Força-Tarefa Bipartidária da Câmara para Combater o Antissemitismo.
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Na primeira noite de Hanukkah, atiradores abriram fogo contra uma celebração pacífica, matando pelo menos 15 pessoas e ferindo muitas outras, incluindo dois policiais. O ataque poderia ter sido ainda mais letal se não fosse pelo ato heroico de Ahmed al Ahmed, um civil árabe muçulmano que desarmou um dos agressores e acabou baleado duas vezes.
Na carta, os membros da força-tarefa declararam: “Este ato de terrorismo antissemita ataca o coração de nossos valores democráticos compartilhados e nosso compromisso mútuo em proteger a liberdade religiosa e manter nossos cidadãos seguros. Nossas mais profundas condolências vão para as famílias dos assassinados, e nossas orações estão com todos os feridos e traumatizados por essa violência inconcebível.”
Essa tragédia ocorreu em meio ao aumento do antissemitismo na Austrália. No início deste ano, a Enviada Especial da Austrália para Combater o Antissemitismo, Jillian Segal, divulgou um Plano Abrangente para Combater o Antissemitismo em julho de 2025, contendo 49 ações principais projetadas para enfrentar essa ameaça crescente. O plano aborda o antissemitismo em vários setores, incluindo educação, universidades, o Departamento de Assuntos Internos, mídia, plataformas online e instituições públicas.
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De acordo com o Israel National News, a carta insta o governo da Austrália a utilizar essas recomendações e adotar passos para contrariar a influência maligna estrangeira de atores como o Irã.
Os congressistas continuaram: “Diante dos eventos horríveis que se desenrolaram na praia de Bondi, perguntamos respeitosamente quais passos concretos seu governo tomou para implementar as recomendações do Plano da Enviada Especial desde sua divulgação? Além disso, no rescaldo imediato desse ataque, como vocês protegerão a comunidade judaica de mais violência?”
A Austrália aderiu às Diretrizes Globais para Contrariar o Antissemitismo, uma declaração de princípios liderada pelos Estados Unidos. Lançadas em julho de 2024 e assinadas por representantes de mais de 42 países e organizações internacionais, as diretrizes incluem políticas para monitorar e combater o antissemitismo.
“O massacre fatal na Austrália veio após repetidos alertas, incluindo da própria comunidade judaica australiana. Quando o Comitê Judaico Americano esteve na Austrália em setembro, ecoamos esses alertas: permitir retórica e manifestações antissemitas sem controle pode – e de fato leva – à violência e à morte. Neste momento, precisamos de líderes em todo o mundo para se levantarem e dizerem que isso não pode mais ser tolerado. Precisamos que o governo da Austrália utilize as Diretrizes Globais para Contrariar o Antissemitismo, adote integralmente, atue sem demora e seja responsabilizado pela implementação das recomendações delineadas no Plano de sua Enviada Especial para Combater o Antissemitismo, e investigue atividades antissemitas apoiadas por estrangeiros que visam sua comunidade judaica. Sou grato aos copresidentes da Força-Tarefa Bipartidária da Câmara para Combater o Antissemitismo por ecoarem esses apelos e encorajarem o primeiro-ministro da Austrália a manter os cidadãos judeus da Austrália seguros”, afirmou Ted Deutch, CEO do Comitê Judaico Americano.
