Reuters / Israel National News / Reprodução

Arsen Ostrovsky, sobrevivente do tiroteio em Bondi Beach, na Austrália, compartilhou detalhes chocantes sobre o ataque em uma conversa com Ilana Dayan, na rádio Galei Zahal de Israel. Ostrovsky ocupa o cargo de presidente do Conselho de Assuntos Austrália-Israel e Judaicos.

Ele descreveu o incidente como uma linha tênue entre a vida e a morte: a bala raspou sua cabeça, quase atingindo o osso. Os médicos consideraram sua sobrevivência um milagre, e ele usou o momento para explicar o que realmente significa um milagre de Hanukkah.

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O experiência foi surreal, com horrores inimagináveis. Havia sangue e corpos por toda parte, o que imediatamente lembrou as imagens do massacre de 7 de outubro, especialmente o festival Supernova em Israel.

Arsen, que viveu em Israel por treze anos antes de se mudar para a Austrália para combater o antissemitismo, revelou que seu primeiro pensamento foi na família. Quando o tiroteio começou, sua esposa e filhos haviam acabado de se sentar. Inicialmente, ele achou que eram balões estourando, mas logo percebeu a realidade. O ataque durou quinze minutos sem interrupção. Ele se abrigou, mas ao notar que a família não estava com ele, correu em direção a eles.

O tiroteio continuava intenso. Arsen viu um dos terroristas com os próprios olhos, recarregando e atirando repetidamente de uma ponte. Outro atirava do lado oposto, disparando de várias direções e de posições elevadas. Sua esposa e filhos estavam no meio do fogo cruzado. Ele se levantou para alcançá-los e foi atingido na cabeça. Sangue jorrou, e ele sentiu quase o osso. Caiu no chão gritando que havia sido baleado, mas ninguém pôde ajudar imediatamente.

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De acordo com o Israel National News, um casal próximo auxiliou Arsen, com o homem usando uma camisa para enfaixar sua cabeça. As fotos dele no local viralizaram depois, tornando-se símbolos do ataque.

Arsen havia dito aos filhos que a mudança para a Austrália seria muito diferente de Israel. Ele explicou que a Austrália era um lugar bem distinto, mas admitiu que errou – as mesmas forças de ódio e maldade tentam matar judeus lá ou em Israel. Ele não esperava por isso.

Ele criticou duramente a liderança da Austrália por ignorar sinais de alerta, afirmando que o governo falhou em larga escala. Por anos, a comunidade judaica implorou para que o governo ouvisse suas preocupações. Apesar da falha da liderança, Arsen destacou que o comportamento das pessoas comuns lhe deu esperança, com cidadãos arriscando a vida para ajudar uns aos outros. Ele elogiou especialmente Ahmed el-Ahmed, o homem árabe que enfrentou um dos terroristas, tomou sua arma apesar de ferido.

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