Um tribunal francês condenou, em 18 de dezembro de 2025, uma babá argelina de 42 anos a dois anos e meio de prisão por envenenar os pais de crianças judias que estavam sob seus cuidados, mas descartou o antissemitismo como fator agravante, conforme o relatório da AFP.
A babá, contratada pela família para cuidar de três crianças pequenas, foi acusada de contaminar diversos itens domésticos em 2024. Os pais apresentaram queixa em janeiro, após descobrirem que uma garrafa de suco de uva cheirava a alvejante e que o removedor de maquiagem para olhos da mãe causava irritação dolorosa nos olhos.
Durante o interrogatório policial, a babá admitiu ter derramado produtos de limpeza em garrafas de álcool pertencentes aos empregadores. Na ocasião, ela disse aos policiais que “nunca deveria ter trabalhado para uma mulher judia”.
No entanto, durante o julgamento no tribunal de Nanterre, perto de Paris, na França, ela retratou sua declaração, alegando que havia inventado a confissão sob pressão policial e negou qualquer motivação antissemita.
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Ao proferir a sentença, o juiz presidente descreveu o ato como uma “grande traição de confiança” em relação aos pais das crianças, que na época tinham 2, 5 e 7 anos de idade. O tribunal rejeitou o agravante de antissemitismo por motivos processuais, afirmando que as declarações da ré foram feitas mais tarde na investigação e não na presença de seu advogado.
Segundo o Israel National News, o tribunal também considerou a babá culpada por usar uma carteira de identidade belga falsificada.
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Além da pena de prisão, o tribunal proibiu a ré de entrar no território francês por cinco anos.









