A administração Trump está elaborando um amplo plano econômico e estratégico para reconstruir a Faixa de Gaza, sob o nome de “Project Sunrise”, conforme relatado em matérias recentes.
A iniciativa, desenvolvida por uma equipe liderada pelo conselheiro sênior do presidente dos EUA, Donald Trump, e genro Jared Kushner, juntamente com o enviado para o Oriente Médio Steve Witkoff, busca transformar Gaza de um local em ruínas em uma metrópole próspera de turismo e negócios.
Estima-se que o projeto custará um total de 112,1 bilhões de dólares ao longo de uma década.
O projeto está dividido em quatro fases que se estendem por mais de 20 anos, com início planejado na parte sul da Faixa (Rafah e Khan Yunis), antes de avançar para o norte em direção à Cidade de Gaza.
PUBLICIDADE
A proposta afirma de forma clara: “Plano de reconstrução condicionado à conformidade abrangente do Hamas para desmilitarizar e desativar todas as armas e túneis”.
Em agosto de 2025, uma versão anterior do plano circulava dentro da administração Trump, delineando uma visão abrangente para a Faixa de Gaza, potencialmente colocando o enclave sob tutela dos EUA por pelo menos uma década.
PUBLICIDADE
De acordo com o Israel National News, o plano, relatado pelo Washington Post, previa realocar a população de Gaza durante a reconstrução e transformar a área em um centro de turismo, manufatura de alta tecnologia e cidades inteligentes.
A proposta de 38 páginas, intitulada Gaza Reconstitution, Economic Acceleration and Transformation Trust (GREAT Trust), sugere realocar os mais de dois milhões de residentes de Gaza, seja para terceiros países ou para zonas seguras dentro do enclave.
Palestinos que possuem terras receberiam tokens digitais emitidos pelo Trust, que poderiam ser resgatados por moradias futuras ou usados para apoiar o reassentamento em outro lugar.
Residentes que partissem receberiam 5.000 dólares em dinheiro e subsídios cobrindo quatro anos de aluguel e um ano de comida.
O plano estima uma economia de custos de 23.000 dólares por pessoa para aqueles que saem, em comparação com os que permanecem em zonas seguras.
Segundo o Washington Post, a iniciativa se baseia em indivíduos envolvidos na Gaza Humanitarian Foundation (GHF), apoiada pelos EUA e Israel, e foi modelada financeiramente por uma equipe do Boston Consulting Group.
O BCG posteriormente afirmou que o trabalho não foi oficialmente aprovado e demitiu dois parceiros sênior envolvidos.
O GREAT Trust propõe financiamento por meio de investimentos público-privados, visando um retorno quadruplicado sobre um investimento de 100 bilhões de dólares em uma década.
Diferentemente do GHF, o Trust se basearia em “mega-projetos” em vez de doações, com desenvolvimentos planejados incluindo fábricas de veículos elétricos, resorts de praia e cidades inteligentes.









