Na terça-feira, 6 de maio de 2025, a Polícia Federal (PF) lançou a Operação Egrégora, em Minas Gerais, para combater um novo esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que causou um prejuízo de R$ 11,5 milhões. O grupo criminoso utilizava identidades falsas para obter o Benefício de Prestação Continuada, destinado a idosos de baixa renda, criando “pessoas fictícias” com documentos forjados, como certidões de nascimento, identidades e comprovantes de residência.
A operação, que cumpriu três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem e Betim, revelou que o esquema operava há quase duas décadas. Em um caso, dez idosos reais foram registrados com 40 identidades falsas. Os investigados responderão por estelionato qualificado e associação criminosa, e a PF estima que a ação evitou um prejuízo adicional de R$ 5 milhões.
A descoberta sucede a recente exposição de outro esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias, que resultou na exoneração do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, além de impulsionar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso. As investigações apontam o envolvimento de entidades assistenciais e servidores públicos que recebiam propinas, além de irregularidades em contratos de empréstimos consignados, conforme a Revista Oeste.
O governo Lula, sob pressão política, trabalha em um plano de ressarcimento para os aposentados lesados. Uma reunião marcada para 6 de maio, com a participação do presidente Lula, do novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e possivelmente do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, discutirá a questão. Segundo Waller Júnior, os bens bloqueados das entidades envolvidas são insuficientes para cobrir os prejuízos, o que pode exigir aportes do Tesouro Nacional.