Israel National News / Reprodução

Uma nova pesquisa abrangente, apresentada na Conferência Anual da Associação Judaica Europeia (EJA) em Madri, revela um cenário preocupante de aumento do antissemitismo em toda a Europa, impulsionado principalmente pelo ódio importado e o conflito contínuo entre Israel e Palestina. Os resultados refletem um continente que luta contra as consequências de conflitos estrangeiros que se infiltram no discurso doméstico e alimentam o sentimento antijudaico.

Conforme relatado por Israel National News, a pesquisa foi conduzida pela EJA em parceria com o especialista em migração Juan Soto e a renomada empresa de pesquisas Ipsos. Foram entrevistados 4.400 participantes em seis países europeus: França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Países Baixos e Bélgica. Os dados indicam uma crise que se aprofunda, com 65,4% dos entrevistados afirmando que a guerra no Oriente Médio afetou a percepção dos judeus em seus países, e 55% desses notando que a percepção piorou.

Quase metade dos entrevistados, 49,3%, acredita que a cobertura midiática do conflito prejudicou as comunidades judaicas, com essa preocupação atingindo 62,6% nos Países Baixos e 52,3% na Alemanha. Os entrevistados citaram narrativas midiáticas como contribuintes para o aumento da divisão social e estereotipagem, transferindo efetivamente a reação contra eventos internacionais para as populações judaicas locais.

Os resultados foram apresentados durante a reunião anual da EJA, com o tema “Construir ou Partir? Hora da Decisão para os Judeus da Europa”, que reuniu mais de 150 líderes judeus, formuladores de políticas e figuras da sociedade civil. A conferência abordou uma questão central: se os judeus da Europa ainda veem um futuro no continente em meio ao aumento do antissemitismo e preocupações com a segurança.

O presidente da EJA, Rabino Menachem Margolin, entregou uma mensagem direta. “Antissionismo e antissemitismo são duas faces da mesma moeda”, disse ele. “A Europa importou o ódio, adicionando-o ao ódio que já existia. O conflito Israel-Palestina e o dia 7 de outubro de 2023 foram o estopim. Seus efeitos estão moldando um novo nível de narrativas antijudaicas e alimentando o sentimento antissemita viral em nossas cidades.

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