Em uma decisão sem precedentes, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, invocou sua autoridade legal para assumir o controle da força policial de Washington D.C. por 30 dias. A medida visa combater a crescente criminalidade na capital do país, que Trump descreveu como “pior que terceiro mundo”. Além de assumir a polícia, Trump prometeu enviar a Guarda Nacional e realocar centenas de agentes do FBI para realizar funções de aplicação da lei nas ruas da cidade.
A resposta dos democratas foi imediata e intensa. Em uma tentativa de defender a continuidade da gestão atual da capital, uma ativista negra, cuja fala foi amplamente divulgada em redes sociais, expressou preocupação de que Trump deportaria residentes negros de Washington D.C. e que a polícia intensificaria a violência contra a comunidade negra. Ela também afirmou que os direitos civis dos brancos nunca foram violados e defendeu que a prefeita Muriel Bowser, responsável pela administração da cidade nos últimos 10 anos, continuasse no comando da força policial.
Segundo o Daily Wire, a escolha de uma porta-voz com dificuldades de comunicação é indicativa de um problema fundamental na representação dos ativistas negros em D.C. A argumentação da ativista foi considerada confusa e sem fundamento, especialmente porque ela sugeriu que muitos imigrantes ilegais residem na capital e que seriam enviados para uma instalação apelidada de “Alcatraz dos Jacarés” na Flórida.
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A ativista também mencionou que pessoas negras são mais propensas a serem paradas, revistadas, presas e feridas durante encontros com a polícia. No entanto, ela omitiu o fato de que suspeitos negros têm uma taxa significativamente maior de envolvimento em crimes que justificam tais ações policiais. Além disso, a ativista não abordou a questão das vítimas de violência criminal na capital, muitas das quais são negras.
Recentemente, o Washington Post publicou um artigo que tentou retratar Trump como um fascista, citando um residente de D.C. que, apesar de viver em uma área afetada por ataques violentos, insistiu que a cidade é segura. Esse residente, que falou sob condição de anonimato por receio de segurança pessoal, criticou a linguagem usada por Trump para descrever a situação em D.C., mas reconheceu que “algo ruim está acontecendo e precisa parar”.
A controvérsia se intensificou com relatórios de que as estatísticas de criminalidade em D.C. podem ter sido manipuladas. Um segmento da NBC4 Washington de 18 de julho de 2025 sugeriu que um oficial de polícia foi acusado de falsificar números após registrar uma reclamação contra seu superior. Isso levanta dúvidas sobre a veracidade das recentes quedas nas taxas de criminalidade reportadas.
Apesar de algumas redes de mídia tentarem minimizar a situação, relatos de primeira mão continuam a emergir. Um âncora da ABC News, por exemplo, mencionou incidentes recentes de violência e roubo de veículos em áreas próximas ao seu escritório em D.C., reforçando a percepção de que a cidade enfrenta sérios problemas de segurança.
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Em 1992, o então senador Joe Biden expressou preocupações semelhantes sobre a segurança em D.C., mencionando a necessidade de medidas rigorosas para combater o crime. No entanto, a abordagem de Biden na época contrastava com a atual resistência democrata às ações de Trump.
A situação em Washington D.C. continua a ser um ponto de discórdia, com Trump insistindo em medidas enérgicas para restaurar a ordem, enquanto os democratas e alguns meios de comunicação questionam a necessidade e a legalidade dessas ações.