Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) demonstraram coesão em resposta às críticas do pastor Silas Malafaia a Alexandre de Moraes, feitas durante um ato pró-anistia na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 6 de abril de 2025. Malafaia chamou Moraes de “ditador de toga” e acusou-o de transformar o STF em um “Supremo Tribunal da Injustiça e da politicagem barata”, conforme reportagem do jornal O Globo publicada na quinta-feira, 27 de março de 2025.
No discurso, o pastor pediu aos ministros que não “jogassem na lata de lixo a reputação do mais importante tribunal do país” e afirmou que “o povo é o supremo poder”. “Não brinquem com o povo pacífico”, alertou, criticando a condução de Moraes em processos que, segundo ele, prejudicam a imagem da Corte. O ato reuniu uma multidão pedindo anistia aos presos e condenados dos atos de 8 de janeiro de 2023, com a presença de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Apesar das acusações, os ministros reafirmaram sua unidade, evidenciada na decisão unânime da 1ª Turma em 26 de março, que tornou réus Bolsonaro e sete aliados por suposta tentativa de golpe em 2022. Moraes, relator do caso, foi acompanhado por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, mostrando alinhamento interno. Segundo o O Globo, essa coesão é uma resposta às pressões externas, incluindo as críticas de Malafaia.
Programado para as 14h, o evento na Paulista começou a atrair público desde a manhã, em um ambiente pacífico. Manifestantes vestiram camisetas verde-amarelas e ergueram bandeiras do Brasil, enquanto batons no chão simbolizavam a causa, em referência a Débora dos Santos, que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua do STF em 8 de janeiro. Do palco, líderes da direita reforçaram o pedido de indulto aos participantes dos protestos que invadiram os Três Poderes em Brasília há mais de dois anos, de acordo com a Revista Oeste.
