O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que seu país eliminará o déficit comercial com os Estados Unidos, atualmente em US$ 7,4 bilhões, como resposta à tarifa de 17% anunciada pela Casa Branca. A declaração, feita após reunião com o presidente Donald Trump na segunda-feira, 7 de abril de 2025, foi reportada pelo The Daily Wire na quinta-feira, 27 de março de 2025.
“Eliminararemos o déficit com os EUA rapidamente. É o certo a fazer, e também vamos derrubar barreiras comerciais desnecessárias”, afirmou Netanyahu, que se descreveu como “campeão do livre comércio”. Ele sugeriu que Israel pode “servir de modelo para outros países”. A medida visa evitar o impacto das tarifas do “Dia da Libertação” de Trump, que incluem um adicional de 7% sobre Israel, além da base de 10% para todos os países, previstas para 5 e 9 de abril, respectivamente.
A decisão tarifária pegou os líderes israelenses de surpresa, que esperavam que a remoção de todas as tarifas sobre bens americanos, anunciada em março, mitigasse os riscos econômicos após um ano e meio de guerra que abalou a economia do país. O Acordo de Livre Comércio EUA-Israel, em vigor desde 1985, já havia zerado quase todas as tarifas até 1995. Em 2024, o comércio bilateral atingiu US$ 37 bilhões, com importações americanas de Israel em US$ 22,2 bilhões e exportações de US$ 14,8 bilhões, segundo o Representante Comercial dos EUA.
Netanyahu foi o primeiro líder mundial a se reunir com Trump após o anúncio das tarifas, marcando seu segundo encontro na Casa Branca em menos de três meses. No domingo, 6 de abril, ele também se encontrou com o Secretário de Comércio Howard Lutnick e o Representante Comercial Jamieson Greer em Blair House, Washington, D.C., em uma reunião descrita como “calorosa, amigável e produtiva”. Trump discutiu os 59 reféns do Hamas, a influência turca na Síria e uma reunião com o Irã sobre seu programa nuclear, dizendo: “Um acordo é preferível à alternativa.”
Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, revelou que mais de 50 nações iniciaram negociações comerciais com os EUA após o anúncio das tarifas em 2 de abril. Um oficial da Casa Branca explicou ao The Daily Wire que as tarifas consideram “barreiras não comerciais”, como transferência ou roubo de propriedade intelectual, específicas a Israel, embora a maioria tenha sido calculada com base no déficit comercial dividido pelo valor das importações. Antes da visita, Trump conversou com líderes da França, Egito e Jordânia, de acordo com o Daily Wire.
