Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Em resposta à crescente pressão dos Estados Unidos, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou em 18 de agosto de 2025 a mobilização de 4,5 milhões de membros das milícias venezuelanas. Esta decisão veio logo após o governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, aumentar a recompensa por informações que levem à detenção de Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, o equivalente a mais de R$ 270 milhões.

De acordo com informações de Revista Oeste, os Estados Unidos consideram Maduro um presidente ilegítimo da Venezuela devido a fraudes nas eleições de julho de 2024. Além disso, o governo dos EUA o acusa de ser o chefe do Cartel de los Soles, um dos principais cartéis do país.

Maduro declarou ter recebido apoio dos militares venezuelanos diante do que ele descreveu como repetidas ameaças dos EUA. “Os primeiros a manifestarem solidariedade e apoio a este presidente trabalhador que aqui está foram os militares desta pátria”, afirmou o ditador.

Além dos militares, Maduro também convocou milícias rurais e operários de fábricas de todo o país. Ele afirmou que essas milícias estão “preparadas, ativadas e armadas” para defender a Venezuela.

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Em um discurso, Maduro exortou a população a se armar, dizendo: “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”. Ele também defendeu o armamento da classe trabalhadora, declarando: “Mísseis e fuzis para a classe operária, para que defenda a nossa pátria!”.

No início deste mês, a administração de Donald Trump dobrou o valor da recompensa por Maduro, enquanto reiterava acusações de narcotráfico contra o líder venezuelano. Segundo o governo dos EUA, Maduro é um dos principais envolvidos no tráfico de drogas global e representa um perigo à segurança norte-americana.

Pam Bondi, secretária de Justiça dos EUA, divulgou um vídeo na rede X reafirmando as denúncias contra Maduro. Ela afirmou que o ditador utiliza grupos criminosos transnacionais para enviar drogas e fomentar a violência nos Estados Unidos. Bondi também detalhou que a agência antidrogas norte-americana (DEA) já apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus colaboradores. O Departamento de Justiça dos EUA também confiscou mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões) em bens associados ao ditador venezuelano, incluindo duas aeronaves, nove veículos e outros ativos.

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As primeiras forças navais americanas, compostas por três contratorpedeiros, devem chegar à região na noite de 20 de agosto de 2025.

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