Nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) conduz uma nova fase do inquérito que apura uma suposta tentativa de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O foco está nas audiências de 15 testemunhas de defesa indicadas pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, um dos réus no processo. As oitivas, presididas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, incluem depoimentos de delegados da Polícia Federal, autoridades da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e profissionais de inteligência que atuaram antes e após os atos de 8 de janeiro de 2023.
Entre as testemunhas estão a coronel Cíntia Queiroz de Castro, ex-subsecretária de Operações Integradas da SSP-DF, Alessandro Moretti, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ex-secretário executivo da SSP-DF, e Saulo Moura, que dirigia a Abin durante os eventos de 8 de janeiro. Também foram convocados os delegados Djairlon Henrique Moura e Leo Garrido de Salles, investigados por suposta interferência nas eleições de 2022, além do ex-ministro da Educação Victor Veiga Godoy.
As audiências estão divididas em dois períodos. Pela manhã, depõem Braulio do Carmo Vieira, Luís Flávio Zampronha, Alberto Machado, George Estefani de Souza, Djairlon Henrique Moura, Caio Rodrigo Pellim e Saulo Moura da Cunha. À tarde, serão ouvidos Thiago Andrade, Fabricio Rocha, Marcio Nunes, Leo Garrido de Salles, Alessandro Moretti, Marcos Paulo Cardoso, Victor Veiga Godoy e Cíntia Queiroz de Castro.
O STF já realizou oitivas de testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e por outros réus, como Mauro Cid, Walter Souza Braga Netto, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos e Augusto Heleno, em etapas anteriores do processo. As audiências visam esclarecer o papel de Torres nas alegadas articulações para subverter o resultado eleitoral, com base nas evidências coletadas, de acordo com a Revista Oeste.