Lula Marques/ Agência Brasil

O Partido Liberal (PL) reagiu com veemência à decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de solicitar a abertura de um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando a instituição de promover uma perseguição política. Em nota divulgada pelos canais oficiais da legenda e pelo líder da bancada na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o PL classificou a investigação como um ataque à liberdade de expressão e à imunidade parlamentar, alegando que o Supremo Tribunal Federal (STF) agiu de forma politizada ao acatar rapidamente o pedido.

A bancada do PL considera o inquérito uma tentativa de censura, descrevendo-o como ilegal e uma escalada autoritária. Segundo a nota, Eduardo Bolsonaro, que está licenciado, é alvo apenas por expressar opiniões públicas enquanto estava fora do Brasil. “Um parlamentar eleito com mais de 1,8 milhão de votos é investigado por falar”, destaca o texto, que acusa as instituições de violarem a Constituição ao criminalizar declarações políticas. O partido argumenta que a imunidade parlamentar protege o mandato, mesmo durante licença, e que aceitar a investigação é “calar o Parlamento” e ameaçar a democracia.

Para reforçar sua defesa, o PL cita obras jurídicas do ministro do STF Alexandre de Moraes e do procurador-geral Paulo Gonet, que defendem a inviolabilidade parlamentar como essencial para a independência dos deputados, criticando sua relativização. A menção direta aos dois intensifica o tom da nota, que aponta uma perseguição institucional movida por interesses políticos contra Eduardo Bolsonaro, conforme a Revista Oeste.

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