Daily Wire / Reprodução

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou o fechamento do Escritório de Assuntos Palestinianos (OPA) e a consolidação de suas operações na Embaixada dos EUA em Jerusalém. Esta decisão é vista como um movimento oportuno e necessário que restaura a clareza e a coerência na diplomacia americana na região. A medida está alinhada com a legislação e a política de longa data dos EUA, além de refletir uma avaliação realista do atual cenário geopolítico.

O OPA funcionava como uma missão diplomática quase independente para a Autoridade Palestina, com seu chefe reportando diretamente ao Departamento de Estado, e não ao embaixador dos EUA em Jerusalém. Sua presença no coração de Jerusalém, separada da embaixada, gerava confusão sobre a posição dos EUA em relação ao status da cidade e parecia contornar tanto a soberania israelense quanto o Ato da Embaixada de Jerusalém de 1995, que reconhece Jerusalém como a capital de Israel e determina que a embaixada dos EUA esteja localizada lá.

PUBLICIDADE

Essa disposição não era nova. A administração Trump fechou o OPA em 2019 por exatamente esses motivos, integrando suas responsabilidades na recém-estabelecida Embaixada dos EUA em Jerusalém. Essa decisão foi consistente com o esforço mais amplo do presidente Trump de remodelar a política americana no Oriente Médio, reconhecendo realidades geopolíticas em vez de se apegar a estruturas diplomáticas ultrapassadas.

Quando a administração Biden reabriu o OPA em 2022, reacendeu a controvérsia. A medida foi recebida com forte oposição de Israel, que se recusou a conceder ao escritório um status diplomático formal. O OPA retomou suas operações, realizando outreach à Autoridade Palestina enquanto evitava a coordenação com a embaixada. Em um caso notável, o escritório pediu “contenção” de Israel em resposta aos ataques do Hamas em outubro de 2023, apenas um dia após o pior massacre de judeus desde o Holocausto. Tais declarações unilaterais apenas aprofundaram as preocupações sobre o papel e a legitimidade do escritório.

PUBLICIDADE

Além disso, o tratamento do OPA aos cidadãos americanos, particularmente aqueles com dupla nacionalidade israelense, foi problemático. Segundo o Daily Wire, houve relatos de que o OPA não prestava assistência consular adequada, deixando muitos americanos em situações difíceis. Isso contrastava com o serviço fornecido pela embaixada, que tem um mandato claro para apoiar todos os cidadãos americanos na região.

A decisão de Rubio de fechar o OPA e consolidar suas funções na embaixada é um retorno necessário à clareza diplomática. Isso não só corrige uma anomalia na estrutura diplomática dos EUA, mas também reforça a posição dos EUA em apoio a Israel e ao reconhecimento de Jerusalém como sua capital.

Icone Tag