Avraham (Russell) Shalev é advogado e pesquisador sênior no Kohelet Policy Forum.
Durante a recente viagem do presidente dos EUA ao Oriente Médio, líderes da região se esforçaram para impressioná-lo. Os qatarianos presentearam o presidente Trump com um jato particular avaliado em 400 milhões de dólares. O líder sírio Al-Julani supostamente transferiu o arquivo Eli Cohen para Israel como um gesto ao presidente americano. Os sauditas receberam Trump com uma cerimônia grandiosa, cheia de pompa e esplendor.
O presidente da África do Sul disse a Trump que lamentava não ter um avião para lhe dar, ao que Trump respondeu: “Eu gostaria que tivesse. Se seu país oferecesse um avião à Força Aérea dos Estados Unidos, eu aceitaria”.
O que Israel fez para mostrar ao seu maior amigo que sabe tanto dar quanto pedir?
Felizmente, Israel teve a oportunidade de se juntar a uma importante iniciativa dos EUA, que é necessária independentemente de Trump: retirar-se da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com informações de Israel National News, há uma semana, o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert Kennedy, pediu aos ministros da Saúde de todo o mundo que tomassem a retirada americana da OMS como um alerta. O fato de o presidente Trump ter tentado deixar a organização no final de seu primeiro mandato e, ao reassumir o cargo, declarar novamente a retirada, ilustra o quão importante isso é para ele.
Trump acusa a OMS de ser excessivamente influenciada pela China, cooperando com o regime comunista para encobrir as origens do vírus Covid-19. Os americanos também alegam que a organização exige pagamentos desproporcionais e “injustamente onerosos” dos Estados Unidos. Apesar do fato de vários governos terem manifestado apoio à iniciativa americana, até agora, apenas a Argentina se juntou à retirada da OMS.
Durante a guerra “Espadas de Ferro”, a OMS e seu diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus espalharam a infame calúnia de que Israel está destruindo o sistema de saúde de Gaza. A OMS desempenhou um papel importante em encobrir o desvio sistemático de Hamas de suprimentos médicos destinados aos civis.