Agência Brasil Fotografias/Wikimedia Commons

A migração de dependentes químicos da Rua dos Protestantes, em Santa Ifigênia, transformou a Praça Marechal Deodoro, no bairro de Santa Cecília, centro de São Paulo, em um novo epicentro da cracolândia. Moradores relatam um aumento significativo de usuários de drogas na área, com cenas de comércio informal e tráfico aberto, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.

Imagens captadas na semana de 27 de maio de 2025 mostram grupos espalhados pela praça, alguns sentados ou deitados, com pertences pessoais, roupas e sacolas ocupando o espaço. Bancas improvisadas, montadas sobre caixotes e cobertores, exibem produtos como roupas, bebidas e itens usados, em um cenário que os frequentadores apelidaram de “shopping cracolândia”. Esse tipo de comércio, comum em pontos como a Estação Júlio Prestes e ruas como Gusmões, Helvétia e Vitória, agora se estabelece na Marechal Deodoro, próxima ao Minhocão e a poucos metros do bairro de Higienópolis, marcando uma expansão preocupante do problema.

As barracas têm dupla função: vender produtos e indicar a presença de traficantes, que circulam pela praça, especialmente à noite e de madrugada. Apesar das ações de repressão iniciadas em maio de 2025 para evitar aglomerações no centro, a Praça Marechal Deodoro tem reunido regularmente mais de 50 usuários, número menor que os picos de 280 pessoas na Rua dos Protestantes e 400 na Rua Guaianases em 2023, registrados por drones da prefeitura, mas suficiente para alarmar a comunidade local, de acordo com a Revista Oeste.

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