Com o aumento do antissemitismo no Reino Unido e políticas governamentais cada vez mais anti-Israel, jovens judeus britânicos estão reagindo de forma contundente: retornando para Israel. Desde o 76º Dia da Independência de Israel, em maio de 2024, um número recorde de jovens do movimento juvenil Bnei Akiva do Reino Unido fez Aliyah ou se comprometeu a fazê-lo nos próximos meses. Ao todo, 35 membros e ex-membros do movimento, incluindo 19 apenas neste verão, tomaram essa decisão — a maior cifra registrada nos últimos anos.
Bnei Akiva Reino Unido é há muito tempo o maior movimento juvenil sionista religioso do país, com o objetivo de fortalecer a identidade judaica e a conexão com Israel através de atividades semanais, Shabbatonim e programas de verão em grande escala. Neste verão, 556 acampantes e funcionários participaram do acampamento no Reino Unido, enquanto outros 198 participaram de um acampamento paralelo em Israel.
Entre aqueles que fizeram Aliyah este ano está Jacob Seitler, que sentiu pela primeira vez a atração por Israel ainda criança. Conforme relatado por Israel National News, ele relembra: “A primeira vez que me lembro de querer fazer Aliyah foi por volta dos 12 anos, durante uma aula de história judaica sobre o Holocausto. Foi um choque para mim — o que estou fazendo na Inglaterra? Se eu fizer essa escolha, meus filhos não terão que fazer. Minha motivação evoluiu ao longo do tempo, mas no fundo é sobre fazer parte da história em desenvolvimento do povo judeu, não apenas assistir das arquibancadas, mas jogar no campo.”
Seitler, que recentemente concluiu seu curso universitário, descreve seus sentimentos como de “excitação nervosa”, dizendo que mais espera celebrar as festas judaicas em Israel, embora reconheça que sentirá falta de sua família e amigos no Reino Unido.
PUBLICIDADE
Para Josh Cohen, presidente da União Mundial de Estudantes Judeus (WUJS), a Aliyah representa tanto uma convicção pessoal quanto uma missão profissional. “Sempre senti que Israel é onde quero construir meu futuro. Tenho a sorte de viver em uma época em que posso praticar um judaísmo pelo qual meus ancestrais oraram por séculos para experimentar. Mudar para cá e trabalhar com a WUJS parecia o próximo passo perfeito. Quero contribuir para um Israel que não seja apenas voltado para dentro, mas uma fonte de força para as comunidades judaicas em toda a diáspora.