Em entrevista ao Sky News Australia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou veementemente as acusações de que Israel estaria cometendo genocídio ou deliberadamente causando fome entre civis em Gaza. Ele acusou o governo de Albanese na Austrália e alguns meios de comunicação de espalhar o que chamou de “calúnias medievais de sangue”.
Netanyahu declarou que as alegações de que Israel estaria causando fome em crianças palestinas são mentiras. Segundo ele, desde o início da guerra, Israel trouxe 2 milhões de toneladas de alimentos para Gaza, o que equivale a uma tonelada por pessoa.
De acordo com informações de Israel National News, Netanyahu responsabilizou o Hamas pelas escassez de alimentos em Gaza, alegando que o grupo militante rouba a ajuda humanitária e a vende aos civis a preços inflacionados. Ele também defendeu as táticas militares de Israel, afirmando que as Forças de Defesa de Israel (IDF) vão a “comprimentos sem precedentes” para evitar vítimas civis, incluindo o envio de milhões de alertas de evacuação por mensagens de texto e chamadas telefônicas.
O primeiro-ministro de Israel contrastou os esforços de seu país com as táticas das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial, dizendo que “nenhum exército fez o que Israel fez”. Ele afirmou que Israel tenta guiar as pessoas para lugares seguros, enquanto o Hamas atira nelas se tentarem sair.
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Netanyahu alertou que, ao não se oporem a narrativas anti-Israel, os líderes ocidentais estão convidando o radicalismo para suas próprias sociedades. Ele disse: “Se você não tomar uma posição, o crocodilo acabará pegando você”.
O primeiro-ministro expressou decepção com os votos recentes do governo australiano nas Nações Unidas, chamando-os de “desanimadores” e acusando Canberra de recompensar o terrorismo ao apoiar esforços para a criação de um estado palestino. Ele afirmou: “Não vamos cometer suicídio colocando outro estado palestino ao lado de Tel Aviv. Já tivemos um em Gaza. Eles o transformaram em uma rede de túneis de terror”.
Netanyahu contrastou a posição da Austrália com o apoio firme do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, a quem creditou por ajudar a forjar os Acordos de Abraão.
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Apesar da guerra contínua, Netanyahu reafirmou sua visão para um futuro pacífico ancorado em “paz pela força”, reiterando seu compromisso de eliminar o Hamas de Gaza enquanto melhora as condições para os civis. Ele disse: “Nosso objetivo não é ocupar Gaza — é libertá-la. Libertar os gazenses da tirania do Hamas. Libertar Israel do terror do Hamas. Não podemos deixá-los lá — seria como deixar a SS na Alemanha”.
Questionado sobre relatórios recentes sugerindo que o Hamas está próximo de um acordo de cessar-fogo, Netanyahu foi direto: qualquer acordo deve envolver o desarmamento total do grupo e a libertação de todos os reféns restantes — cerca de 50, com pelo menos 20 acreditados estarem vivos. Ele disse: “Esta guerra poderia acabar hoje se o Hamas depusesse suas armas”.
Netanyahu também mencionou o que descreveu como uma mudança de sentimento dentro de Gaza, alegando que alguns civis estão agora lutando ativamente contra o Hamas e pedindo libertação.
O primeiro-ministro encerrou a entrevista com um apelo para reviver o relacionamento outrora forte entre Israel e Austrália, invocando história e valores compartilhados. Ele disse: “Tínhamos um ótimo relacionamento. Acho que ele se desviou porque os líderes não mostraram força e convicção. Mas venceremos esta guerra, e uma vez que o fizermos, acredito que os australianos entenderão”.