Revista Oeste/Reprodução

Na quarta-feira, 28 de maio de 2025, o delegado da Polícia Federal (PF) Carlos Henrique de Sousa revelou, durante depoimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) está sob investigação por fraudes em descontos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A declaração contradiz o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que havia negado a existência de apurações contra o sindicato, ligado a José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sousa afirmou que a investigação, detalhada em uma representação inicial de 247 páginas, é robusta, destacando que passou o fim de semana analisando o material. A apuração foi questionada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), que cobrou explicações sobre a ausência inicial do Sindnapi nas divulgações da operação. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) reforça as suspeitas, apontando que 76,9% dos beneficiários associados ao sindicato negaram ter autorizado os descontos. Além disso, a receita do Sindnapi saltou de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024, com crescimento expressivo durante o governo Lula.

O depoimento do delegado alinha-se à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que, após representação do partido Novo, determinou inspeções no INSS, no Ministério da Previdência e na Dataprev para rastrear repasses a entidades sindicais e verificar a autorização dos descontos. O ministro Aroldo Cedraz, relator do caso no TCU, ordenou a suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), que permitem descontos nos benefícios, até o fim das investigações, segundo a Revista Oeste.

Icone Tag