Agência Senado from Brasilia/Wikimedia Commons

Na quinta-feira, 29 de maio de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma nova etapa de oitivas no inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por uma suposta tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. Durante a sessão, os ex-ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia), Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) negaram que a reunião ministerial de 5 de julho de 2022 tenha abordado qualquer plano de golpe.

Questionado pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres sobre possíveis discussões de “medidas antidemocráticas”, como decretos de Garantia da Lei e da Ordem ou estado de sítio, Sachsida foi categórico: “De jeito nenhum.” Bruno Bianco reforçou a negativa, afirmando que “não houve qualquer menção a ruptura institucional”. Ele destacou que, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a AGU iniciou a transição de governo, sendo ele o primeiro ministro a formalizar o processo por meio de portaria. Bianco também relatou uma reunião com Torres, mas esclareceu que o tema foi exclusivamente a transferência da gestão.

Wagner Rosário seguiu a mesma linha, confirmando que a reunião tratou do processo eleitoral, mas apenas para discutir “possíveis fragilidades”, sem qualquer menção a ações golpistas. De acordo com a Revista Oeste, a defesa de Torres optou por dispensar os depoimentos de outras testemunhas previamente indicadas, como os ex-ministros Paulo Guedes (Economia), Célio Faria (Secretaria de Governo) e o procurador federal Adler Alves, que não compareceram à sessão.

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