Forças de segurança da Síria serão posicionadas perto da zona tampão com Israel, no sul da Síria, pela primeira vez desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro do ano passado. Conforme relatado por Israel National News, a decisão foi tomada após aprovação de Israel, concedida sob pressão dos EUA.
As forças de segurança sírias terão como objetivo manter a ordem nas cidades adjacentes à zona desmilitarizada e prevenir novos ataques ao território israelense. Esse movimento ocorre após recentes ataques com foguetes que provocaram retaliações aéreas de Israel.
De acordo com as informações, os militares sírios estarão limitados a portar apenas armas leves, conforme especificado no acordo de coordenação entre Israel e Síria. Fontes indicam que Israel vê essa ação como um ajuste tático e não uma mudança estratégica, mantendo sua presença na área tampão e resistindo a uma retirada total das zonas ocupadas.
Desde dezembro, Israel proibiu qualquer presença militar ou de segurança síria em cidades fronteiriças como Quneitra e Daraa, impondo o desarmamento nessas áreas. No entanto, autoridades israelenses confirmaram a recente coordenação com a nova administração síria, permitindo a entrada de forças de segurança sírias para restaurar a ordem.
Uma fonte israelense enfatizou que o atual governo sírio não é responsável pelos ataques com foguetes ocorridos em 3 de junho de 2025, atribuindo essas ações ao Irã, ao Hezbollah e a remanescentes do regime anterior. O relatório sugere que a implantação visa estabilizar a região e evitar futuras escaladas.
A nova liderança síria demonstrou uma postura mais moderada em relação a Israel, expressando compromisso com o acordo de desengajamento de 1974 e o desejo de evitar conflitos.
Apesar desses desenvolvimentos, o governo sírio continua a enfrentar ameaças de grupos apoiados pelo Irã e de ex-lealistas do regime, que buscam minar a estabilidade no sul.