Lula Oficial/Wikimedia Commons

Durante uma coletiva de imprensa conjunta em Paris, na quinta-feira, 5 de junho de 2025, o presidente francês Emmanuel Macron contradisse publicamente as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra na Ucrânia. Lula tentou atribuir à Ucrânia a responsabilidade pela estagnação nas negociações de paz com a Rússia, criticando um suposto ataque ucraniano a um aeroporto russo e mencionando uma conversa recente entre o presidente americano Donald Trump e o líder russo Vladimir Putin, que teria indicado retaliação contra a Ucrânia. O presidente brasileiro também questionou o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito e disse ter discutido o tema com o presidente chinês Xi Jinping, afirmando estar “disposto a contribuir” quando Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky decidirem negociar.

Macron, ao responder, rejeitou a equiparação de responsabilidades entre os dois países. “A abordagem mais clara é distinguir o agressor, que é a Rússia, do agredido, que é a Ucrânia”, declarou. Ele destacou que Putin iniciou o conflito e tem recusado propostas de cessar-fogo, como a apresentada pelos Estados Unidos e aceita por Zelensky em março de 2025, em Jeddah, na Arábia Saudita. “Putin não quer um cessar-fogo”, enfatizou Macron.

Na segunda-feira, 2 de junho, segundo a Revista Oeste, a Rússia reiterou suas condições para um cessar-fogo durante negociações em Istambul, Turquia, exigindo a anexação de 20% do território ucraniano, uma demanda que tem dificultado avanços nas tratativas de paz.

Icone Tag