Em 2025-06-06, um rabino francês relatou ter sido atacado duas vezes em uma semana, em meio a um aumento de crimes de ódio na França. O rabino Elie Lemmel afirmou que os incidentes estão ligados a um aumento mais amplo de ataques antissemitas no país.
De acordo com o Israel National News, o rabino foi atacado na sexta-feira enquanto estava sentado em um café em Neuilly-sur-Seine, subúrbio de Paris. Ele relatou ter sido atingido na cabeça por uma cadeira, dizendo: “Eu me vi no chão, senti imediatamente o sangue fluindo.” Inicialmente, Lemmel pensou que algo havia caído, mas logo percebeu que havia sido atacado deliberadamente.
Ele comentou: “Infelizmente, dada minha barba e minha kippah, suspeitei que provavelmente foi por isso, e é uma grande pena.
O ataque em Neuilly ocorreu após outro incidente na semana anterior em Deauville, na Normandia, onde o rabino Lemmel disse ter sido socado no estômago por um agressor não identificado. Embora Lemmel tenha mencionado que está acostumado a “olhares não muito amigáveis, algumas palavras desagradáveis, pessoas passando e cuspindo no chão”, ele esclareceu que nunca havia sofrido agressões físicas antes desses dois ataques.
O escritório do promotor em Nanterre iniciou uma investigação sobre o ataque em Neuilly, classificando-o como violência agravada. Uma pessoa está atualmente detida para interrogatório em conexão com o incidente.
Os ataques receberam forte condenação de figuras políticas francesas. O ex-primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, abordou o incidente de sexta-feira envolvendo o rabino Lemmel em sua conta no X, afirmando: “Esse ato nos revolta. O antissemitismo, como todas as formas de ódio, é um veneno mortal para nossa sociedade.
Os ataques ocorrem em meio a um aumento acentuado de antissemitismo na França. De acordo com depoimentos apresentados durante uma discussão no Knesset na semana passada, incidentes antissemitas na França aumentaram em 185%.
Na semana passada, quatro locais ligados à comunidade judaica foram vandalizados no distrito de Marais, no centro de Paris. Os locais incluíram um memorial do Holocausto, a Sinagoga Tournelles, o restaurante “Chez Marianne” e a livraria “Librarie du Marais”.
