Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional (NEC) da Casa Branca, anunciou na quinta-feira, 10 de abril de 2025, que mais de 15 nações já ofereceram “propostas específicas” de acordos comerciais ao presidente Donald Trump, aproveitando a “pausa de 90 dias” nas tarifas anunciada pelo governo. A informação foi detalhada em entrevistas ao Fox & Friends e à CNBC, conforme reportado pelo Fox News na quinta-feira, 27 de março de 2025.
Durante o Fox & Friends, Hassett revelou: “Temos ofertas de mais de 15 países na mesa”, destacando que as negociações estão “avançando rápido”, embora “isso não signifique um acordo fechado”. Ele brincou sobre o ritmo: “Com a pausa de 90 dias, vamos dar a volta ao mundo em 80 dias e descansar 10. Esse é o plano.” Na CNBC, Hassett explicou que Trump busca “pressionar parceiros comerciais para mudanças há décadas pedidas por presidentes americanos”, e que a pausa foi motivada pela quantidade de propostas, não pela queda do mercado de ações: “As ofertas surgiram bem antes dos movimentos do mercado esta semana.”
Na quarta-feira, 9 de abril, Trump reduziu as tarifas para a maioria dos países a uma base de 10%, enquanto elevou a tarifa “recíproca” da China a 125%, somada à taxa de 20% sobre fentanil. Hassett disse que Trump se reunirá com assessores comerciais no mesmo dia para revisar “uma lista de prioridades” para as negociações, mas “terá suas próprias ideias sobre os rumos”. Japão, Coreia do Sul e Vietnã devem se encontrar com autoridades da Casa Branca nos próximos dias, mas outros países com ofertas específicas não foram detalhados.
De acordo com o Daily Wire, a União Europeia (UE) congelou tarifas retaliatórias de US$ 20 bilhões sobre bens americanos, aprovadas em 9 de abril, após o anúncio da pausa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou: “Queremos dar uma chance às negociações. Suspendemos as contramedidas por 90 dias, mas, se não houver acordo satisfatório, elas entrarão em vigor. O trabalho em outras medidas continua.” Mais de 75 nações, segundo a Casa Branca, estão buscando acordos para evitar as tarifas elevadas.