O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enviou um ofício à Presidência da Câmara dos Deputados solicitando permissão para exercer suas funções parlamentares diretamente dos Estados Unidos. O pedido foi divulgado por ele na plataforma X.
Eduardo alega estar sendo vítima de perseguição política no Brasil. Ele compara o cenário atual ao período da pandemia de covid-19, quando a Câmara adotou o sistema remoto, afirmando que as condições atuais são ainda mais graves. Segundo ele, o risco de um parlamentar ser perseguido politicamente hoje é maior do que o risco de adoecer gravemente durante a pandemia. Ele argumenta que o que foi permitido durante a crise sanitária não pode ser negado em um momento de crise institucional ainda mais profunda.
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De acordo com informações de Revista Oeste, o deputado está fora do Brasil desde 27 de fevereiro de 2025. No mês seguinte, ele solicitou uma licença de quatro meses do seu mandato. Após o término do período de licença em 20 de julho de 2025, Eduardo começou a acumular faltas.
No documento enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Eduardo menciona que viajou com uma pequena mala para uma viagem predominantemente privada. Ele decidiu prolongar sua estadia nos Estados Unidos ao concluir que sua segurança estaria em risco no Brasil.
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Eduardo descreve o Brasil como vivendo um “regime de exceção”, onde os deputados estariam sob o terror e a chantagem instaurados por um ministro do Supremo Tribunal Federal. Embora não cite nomes, ele afirma que esse ministro já é alvo de repúdio internacional por violar direitos fundamentais.
O deputado enfatiza que sua ausência não é uma escolha pessoal, mas resultado de coerção externa. Por isso, ele solicita que a Câmara disponibilize os meios técnicos e jurídicos necessários para garantir a continuidade do seu mandato a distância.
Eduardo Bolsonaro e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foram indiciados pela Polícia Federal em 20 de agosto de 2025 por coação no curso do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A investigação revela que o deputado teria atuado nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e angariar apoio internacional contra decisões do Judiciário.
