Nesta sexta-feira, 13 de junho de 2025, a Americanas anunciou, por meio de fato relevante ao mercado, um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que reduz em mais de R$ 500 milhões uma dívida de R$ 865 milhões. O desconto, equivalente a 100% dos juros e multas, está limitado a 70% do valor total da dívida.
A varejista planeja quitar o saldo remanescente por meio de três opções: conversão de depósitos judiciais associados aos débitos, utilização de créditos fiscais acumulados e pagamento em parcela única com recursos próprios. Os efeitos financeiros do acordo serão registrados nas demonstrações do segundo trimestre de 2025, conforme informou a empresa.
A renegociação é parte do esforço contínuo da Americanas para reestruturar suas finanças dentro do processo de recuperação judicial, iniciado após a revelação de inconsistências contábeis em janeiro de 2023. Desde então, a companhia enfrenta prejuízos significativos e busca recuperar a confiança do mercado, de acordo com a Revista Oeste.
Em maio de 2025, a Americanas reportou um prejuízo líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre do ano, em contraste com o lucro de R$ 453 milhões no mesmo período de 2024. O balanço apontou que a diferença decorre principalmente da ausência de receitas extraordinárias, como os R$ 1,3 bilhão registrados no ano anterior, provenientes do plano de recuperação judicial. O acordo com a PGFN marca um novo passo na estratégia da empresa para superar os desafios financeiros.