Um partido de extrema-direita, conhecido por seu discurso extremista, incluindo a minimização do Holocausto, não fará parte do governo alemão, apesar de ter ficado em segundo lugar nas eleições nacionais realizadas no início deste ano.
A formação da coalizão governamental na quarta-feira tornou oficial o que já era evidente desde as eleições: a Alternativa para a Alemanha (AfD) seria excluída.
Em vez disso, Friedrich Merz, líder da União Democrata-Cristã (CDU) de centro-direita, formou uma coalizão com os Social-Democratas de centro-esquerda, conforme anunciado na quarta-feira.
Essa coalizão surge após um período em que a AfD subiu constantemente nas pesquisas nacionais na Alemanha, alcançando o melhor resultado para um partido de extrema-direita desde o Holocausto. O partido tem preocupado muitos na Alemanha e além, incluindo judeus locais, com sua plataforma pró-Rússia e anti-imigrantes. Os apoiadores do partido frequentemente entoam “Alice fur Deutschland”, uma brincadeira com “Alles fur Deutschland”, que foi um slogan nazista.
Antes das eleições, autoridades americanas, incluindo o vice-presidente J.D. Vance e Elon Musk, que atua como conselheiro da Casa Branca, sinalizaram apoio à AfD, e Vance incentivou políticos europeus a considerar parcerias com grupos de extrema-direita.