Antonio Cruz/Agência Brasil

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, superando o déficit de R$ 2,6 bilhões observado durante todo o ano de 2024. O anúncio foi feito na terça-feira, dia 2 de setembro de 2025.

Desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do Brasil, os números dos Correios têm apresentado uma tendência de queda. Em 2024, o déficit foi quatro vezes maior do que o registrado em 2023. Durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a estatal havia conseguido lucro, mas voltou a registrar prejuízos sob a administração do atual presidente.

De acordo com informações de Revista Oeste, o déficit deste ano é resultado da diferença entre a receita de R$ 8,9 bilhões e as despesas, que totalizaram R$ 13,4 bilhões. A receita de 2025 caiu 9,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Enquanto isso, os custos aumentaram significativamente em várias áreas. Os gastos com precatórios cresceram 512%, e as despesas administrativas subiram de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,4 bilhões.

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O resultado financeiro da estatal também piorou, passando de R$ 3 milhões para R$ 673 milhões em despesas. No segundo trimestre de 2025, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes o valor do mesmo período em 2024.

Em um comunicado oficial, os Correios atribuíram o desempenho negativo à “transformação acelerada do setor privado de logística, impulsionada pelo crescimento do e-commerce, pela tecnologia e por modelos de entrega cada vez mais rápidos e agressivos”. A estatal reconheceu que o serviço demorado e pouco eficiente, aliado à “ausência de investimentos nos últimos anos”, aumentou a pressão sobre estruturas operacionais e administrativas mais rígidas e de custo elevado, reduzindo sua competitividade.

A crise financeira levou o então presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, a pedir demissão em julho de 2025, após o prejuízo do primeiro trimestre. Atualmente, a estatal mantém mais de 10 mil unidades de atendimento e 1,1 mil unidades de distribuição e tratamento no Brasil.

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