Chaim Goldberg/Flash90 / Israel National News / Reprodução

Em 2023, um estudante de yeshivá de Jerusalém, identificado apenas como Y., neutralizou um dos terroristas palestinos que assassinou seis judeus no cruzamento de Ramot. Em entrevista, Y. relatou os momentos em que percebeu que estava no local de um ataque terrorista e a necessidade de reagir.

Naquela manhã, Y. enfrentou atrasos inexplicáveis no transporte público, o que o levou ao cruzamento de Ramot, um local que ele não costuma frequentar. Ele descreveu a presença de centenas de pessoas e uma sensação de insegurança. “Um pensamento me ocorreu: se houvesse um ataque terrorista, não terminaria bem”, disse Y. à rádio Kan Reshet Bet.

Segundo o Israel National News, ao ouvir os primeiros tiros, Y. levou alguns segundos para reagir. As pessoas começaram a gritar “ataque terrorista” e a correr. Inicialmente, ele seguiu o movimento, mas logo parou. “Eu sabia que podia correr mais rápido que a maioria das pessoas na parada de ônibus. Havia uma mulher em uma cadeira de rodas elétrica. Entendi que ela não tinha chance naquela situação, então voltei para a cena”, explicou.

Nesse momento, Y. se juntou a outro civil haredi, também armado. “Ele é um homem especialmente corajoso, um verdadeiro herói. Ele saiu da parada de ônibus e se escondeu atrás do ônibus. Não avançamos imediatamente; nos protegemos e tentamos atirar usando a mira, com apenas dez balas no meu pente”, relatou.

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Y. descreveu a batalha como acontecendo em etapas. “Os terroristas se afastaram um pouco, ficaram cansados, e aproveitei para avançar e me esconder atrás de uma barreira de concreto. Eles continuaram atirando em nós. No final, me deitei atrás de outra barreira, e de lá conseguimos atingir o primeiro terrorista. Ele caiu, e seu parceiro veio ajudá-lo, então atiramos nele também. Nesse ponto, ficamos sem munição, e os soldados da Brigada Hashmonaim se juntaram a nós.”

Após o confronto, Y. observou a cena com horror. “Foi uma visão muito dura. Ver judeus deitados em seu próprio sangue no solo da Terra de Israel. Pessoas comuns, alguns idosos. O terrorista não lutou contra policiais ou soldados; ele atacou pessoas comuns que estavam em uma parada de ônibus, sem qualquer capacidade de se defender.”

Y. também explicou por que escolheu não revelar sua identidade. “Eu pessoalmente não quero essa exposição. Mas é importante para mim transmitir esta mensagem: consegui salvar vidas e encontrei forças para lutar. Se eu não tivesse agido assim, lamentaria pelo resto da minha vida.

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