Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com a Revista Oeste, entre os dias 23 e 25 de junho de 2025, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou R$ 1,15 bilhão em emendas parlamentares, em uma tentativa de fortalecer sua articulação política com o Congresso Nacional. Apesar do esforço, o Planalto enfrentou uma derrota significativa: deputados e senadores derrubaram o decreto presidencial que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação na Câmara resultou em 383 votos a favor do projeto que sustou o decreto, contra apenas 98 contrários, enquanto o Senado aprovou a medida simbolicamente, sem registro nominal.

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Até 23 de junho, o governo havia empenhado R$ 776 milhões em emendas, valor considerado insuficiente por parlamentares, que já expressavam descontentamento com a demora nos repasses. A liberação acelerada de mais de R$ 1 bilhão no início da semana elevou o total empenhado em 2025 para R$ 1,9 bilhão, mas não foi suficiente para garantir o apoio da base aliada na votação do IOF.

A tensão entre o Executivo e o Legislativo se intensificou na noite de terça-feira, 24 de junho, quando parlamentares acusaram o governo de tentar transferir ao Congresso o ônus político de um possível aumento na conta de luz. Apesar de a semana estar inicialmente reservada para os festejos de São João, sem grandes votações previstas, a pauta econômica e a condução do Planalto provocaram uma reação rápida, culminando na inclusão do projeto contra o IOF. O episódio expõe o desgaste na relação do governo com o Congresso, mesmo com liberações bilionárias, e sinaliza desafios nos próximos debates fiscais e orçamentários no segundo semestre.

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