A congressista Elise Stefanik, aliada do ex-presidente Donald Trump dos EUA, está prestes a lançar sua campanha para governadora de Nova York, trazendo esperança aos republicanos de conquistar o tradicional estado azul. Duas fontes próximas a Stefanik informaram ao The Hill que a decisão já está tomada, sendo apenas uma questão de tempo e local para o anúncio oficial.
De acordo com informações de Daily Wire, Stefanik vinha considerando a possibilidade de concorrer nos últimos meses, após a decisão de Trump de retirar sua indicação para embaixadora da ONU. A retirada foi motivada pelo risco de deixar o competitivo distrito de Stefanik sem representação em uma eleição aberta, em meio aos esforços de Trump para aprovar seu “grande e belo projeto de lei”.
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A congressista, que já ocupou o quarto cargo mais alto entre os republicanos na Câmara dos Representantes dos EUA como presidente da Conferência Republicana da Câmara, substituiu a ex-congressista Liz Cheney. Stefanik foi brevemente indicada para o cargo de embaixadora da ONU antes de reconsiderar sua candidatura.
Pesquisas recentes mostram forte apoio a Stefanik entre os eleitores republicanos, com uma pesquisa da GrayHouse indicando que ela tem 44% das intenções de voto nas primárias republicanas, contra apenas 7% do congressista Mike Lawler (R-NY) e 5% do executivo do Condado de Nassau, Bruce Blakeman. Ambos receberam endossos de Trump para a reeleição em seus cargos atuais no último mês.
Os republicanos têm razões para otimismo em Nova York, um estado tradicionalmente democrata, já que o partido fez avanços significativos em eleições recentes. Em 2024, Trump perdeu Nova York por pouco mais de 12 pontos percentuais, uma melhoria dramática de 11 pontos em relação ao seu desempenho em 2020. Além disso, a atual governadora democrata, Kathy Hochul, venceu o desafiante republicano Lee Zeldin por apenas 6 pontos em sua eleição de 2022. No entanto, o Relatório Político Cook, uma organização apartidária, ainda considera a próxima disputa pelo governo do estado como “provavelmente democrata”.
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Stefanik, de 41 anos, ascendeu rapidamente nas fileiras republicanas desde que foi eleita para o Congresso em 2014, aos 30 anos, tornando-se na época a mulher mais jovem a ser eleita para o Congresso. Seu perfil nacional cresceu significativamente durante os primeiros procedimentos de impeachment de Trump, quando emergiu como uma de suas defensoras mais vocais.
Os republicanos têm se tornado cada vez mais competitivos em partes de Nova York, especialmente nos distritos de Long Island e do Vale do Hudson, que ajudaram o partido a garantir uma maioria estreita na Câmara em 2022. Questões econômicas, aumento das taxas de criminalidade e problemas de migração têm sido temas proeminentes que os candidatos republicanos têm aproveitado com sucesso para vencer eleições locais.
A candidatura de Stefanik ocorre após o socialista Zohran Mamdani derrotar o ex-governador Andrew Cuomo na primária democrata para prefeito de terça-feira, causando pânico entre muitos na cidade e oferecendo um alvo lucrativo para a representante de Nova York. Mamdani, um deputado estadual representando partes do Queens, tem defendido políticas que preocupam conservadores fiscais e democratas moderados. Sua plataforma inclui o apoio a supermercados de propriedade da cidade, medidas de congelamento de aluguel e realocações significativas de recursos da polícia para serviços sociais.
Stefanik provavelmente enfrentará a governadora democrata Kathy Hochul na eleição geral de 2026. Hochul, que assumiu o cargo em 2021 após a renúncia de Andrew Cuomo em meio a alegações de assédio sexual, enfrentou críticas por seu manejo da criminalidade e do alto custo de vida no estado, questões que podem oferecer uma oportunidade para os republicanos avançarem ainda mais entre os eleitores de Nova York.
