O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, criticou duramente o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, após um ataque israelense em Doha, no Catar, que visava líderes do Hamas. Em uma entrevista exclusiva à CNN na quarta-feira, Al Thani descreveu a operação como “bárbara” e acusou Israel de “terrorismo de estado”, alegando que a ação destruiu qualquer esperança restante para os reféns mantidos em Gaza.
“Estávamos pensando que estávamos lidando com pessoas civilizadas”, disse Al Thani. “E a ação que (Netanyahu) tomou – eu não posso descrevê-la, mas é uma ação bárbara.”
O primeiro-ministro afirmou que o ataque de terça-feira prejudicou os esforços de mediação do Catar e deixou a região em choque. Ele revelou que um oficial de segurança catariano de 22 anos foi morto e que outros catarianos continuam em perigo. O destino do principal negociador do Hamas, Khalil Al-Hayya, permanece desconhecido, com Al Thani afirmando que não há “declaração oficial”.
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Segundo o Israel National News, Al Thani expressou frustração com a abordagem de Netanyahu para as negociações de cessar-fogo, dizendo: “Ele não estava sério sobre nada”, e descartou as negociações recentes como “sem sentido”. Ele acrescentou que o Catar está agora “reavaliando tudo” em relação ao seu papel em futuras negociações e está em “conversas muito detalhadas” com os Estados Unidos.
Apesar do ataque, Al Thani disse que o Catar não será dissuadido de seus esforços de mediação, embora tenha alertado que tanto Israel quanto o Hamas estão “prestes a esgotar suas chances” de alcançar um cessar-fogo.
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Na terça-feira, horas após o ataque israelense, Al Thani o classificou como um ato de “terrorismo de estado” e disse que o Catar “reserva o direito” de responder a Israel.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse a repórteres na terça-feira que não estava “entusiasmado” com o ataque de Israel que visava líderes do Hamas em Doha, Catar. “Não estou entusiasmado com isso. Não estou entusiasmado com toda a situação. Não é… não é uma boa situação”, disse Trump quando perguntado sobre o ataque israelense. “Mas eu direi isso: Queremos os reféns de volta. Mas não estamos entusiasmados com a maneira como isso aconteceu hoje”, ele acrescentou.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse em seu briefing diário à imprensa que os EUA haviam informado o Catar antes do ataque israelense. No entanto, Al Thani mais tarde afirmou que os Estados Unidos haviam informado o Catar sobre o ataque dez minutos após ele ocorrer.
